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terça-feira, setembro 16, 2025

Valor 1000: Com foco em valor ao cliente e ampliação de serviços, TIM lidera setor de TI & telecom pela 3ª vez

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A estratégia de aumentar o valor agregado entregue aos clientes e diversificar as linhas de negócios ajudou a TIM Brasil a conquistar a liderança no setor de TI & telecom do anuário Valor 1000. No ano passado, a operadora se destacou por alcançar indicadores superiores aos das demais empresas de telecomunicações: margem Ebitda de 49,2%, lucro líquido de 12% e crescimento de 7,9% na receita líquida.

É a terceira vez que a TIM assume o primeiro lugar do setor — ficou no topo também em 2022 e 2023. Embora com receita menor que a de concorrentes, mais parrudas em serviços como banda larga, a troca do foco em volume por entrega de valor resultou em vantagens nos quesitos crescimento e margem. No negócio móvel, que corresponde a 95% do resultado total, a operadora foi a primeira a chegar a todos os municípios brasileiros com o 4G. Os investimentos para implantação acelerada do 5G permitiram cobrir, atualmente, cerca de 70% dos clientes e mais de 750 municípios país afora. “A tecnologia é mais econômica que as anteriores, permite entregar serviço melhor e cortar investimentos em tecnologias anteriores”, diz o Alberto Griselli, CEO da empresa.

A TIM também se destacou pela expansão de serviços digitais e de internet das coisas (IoT). A contribuição para o resultado total da companhia ainda é modesta, mas o crescimento de dois dígitos ajuda a diversificar receita e a engordar lucros. As iniciativas combinam parcerias para levar mais serviços aos clientes e têm como foco negócios corporativos (B2B). A primeira delas foi firmada em 2019, com o banco digital C6 Bank, unindo serviços de crédito e conectividade que geraram mais de R$ 700 milhões até a finalização do contrato, em 2025. “Estamos trabalhando para fechar acordo com outra fintech ainda neste ano. As parcerias visam maior valor para o cliente e maior receita por meio de nossos canais”, diz Griselli.

Valorização da diversidade, na avaliação ESG, ajudou na conquista da liderança no setor — Foto: Julio Bittencourt/Valor

No campo da saúde, o Cartão de Todos, que oferece acesso a uma rede de mais de 500 clínicas em todo o país, trouxe para os clientes de menor poder aquisitivo descontos em consultas, exames e medicamentos. A novidade do ano passado foi a parceria com a Eletrobras, para a comercialização de energia elétrica no mercado livre. A iniciativa, destinada a pequenas e médias empresas com contas mensais superiores a R$ 10 mil, acena com perspectivas de economia de até 30%. “A atuação já visa ganhar experiência para o futuro com pessoas físicas”, adianta o CEO.

O pilar IoT Solutions é voltado ao mundo B2B com atuação nas verticais que compõem o DNA do Brasil, como descreve Griselli — agro, logística, utilities e mineração. No agro, a operadora alcançou neste ano 22 milhões de hectares cobertos com conectividade, ajudando a movimentar também os negócios com parceiros como a CNH Industrial, fornecedora de máquinas agrícolas inteligentes. Os contratos com os principais operadores de concessões rodoviárias, que somam mais de 6 mil quilômetros de estradas conectadas, deverão aumentar graças aos planos em curso no país de renovação e novas concessões. Os segmentos de utilities e mineração estão com os primeiros contratos em andamento e serão os próximos alvos de expansão.

Outra área com contribuição pequena, mas interessante, como descreve Griselli, são os investimentos em empresas de tecnologia. A operadora ancora o fundo Growth Stage, da Upload Ventures, que encerrou 2024 com três investidas — a plataforma de retail mídia Topsort, a Simetrik, especializada na reconciliação de dados financeiros, e a Tractian, dedicada a soluções de monitoramento preditivo de ativos industriais.

Também estão em curso, segundo o executivo, movimentos para crescimento por aquisições. “Do ponto de vista comprador, é possível fazer bons negócios”, explica ele. Além de explorar iniciativas voltadas à aquisição de competências para atendimento do mercado B2B, outra área na mira é banda larga, que hoje contribui com parcela entre 3% e 4% da receita. “Estamos analisando opções para melhor alocação de capital no segmento”, adianta Griselli.

Maior valor agregado, resiliência trazida pela diversificação e eficiência operacional ajudam a companhia a enfrentar riscos do cenário econômico. “Boa parte da receita vem do mercado consumidor e o aumento da inflação nos últimos meses tende a reduzir o poder aquisitivo. De outro lado, a taxa de desemprego é a melhor da história”, avalia Griselli.

Griselli: tecnologia mais econômica — Foto: Divulgação
Griselli: tecnologia mais econômica — Foto: Divulgação

A pressão nos custos, acrescenta, é administrada com disciplina no uso dos recursos, com o apoio de inovação e tecnologias, como o próprio 5G e a inteligência artificial (IA), que ajuda a reduzir gastos em áreas como manutenção preventiva da rede, consumo de energia e atendimento ao cliente. A administração dos recursos colabora com o compromisso firmado pela empresa com o mercado, de fazer o Ebitda crescer mais rapidamente que a receita, um desempenho que já se repete há mais de 15 trimestres. “A tecnologia é uma alavanca importante”, destaca Griselli.

A empresa também já sinalizou que o volume de investimentos anuais, entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões em termos nominais, será mantido. Em 2025, será investido no Estado de São Paulo R$ 1 bilhão em rede. “É o maior projeto de modernização da história da empresa”, diz o CEO. Uma das metas é ampliar a cobertura do 5G de 94 para mais de 200 municípios, com instalação de mais de 700 antenas em 160 cidades, atualização de três mil sites em 64 cidades e incremento de 40% na capacidade da rede. O reforço do 4G também está na pauta. Outros R$ 250 milhões miram objetivo semelhante em Minas Gerais, onde o 5G deve passar de 57 para 131 cidades. “Outros Estados virão”, antecipa Griselli.

A estratégia ESG também ajudou a empresa a conquistar a liderança do setor. Em sustentabilidade, um dos destaques é o uso de 100% de energia renovável desde 2021. Neste ano a operadora chegou ao primeiro lugar entre empresas do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 e alcançou índice de 65% de autogeração, com arrendamento de 130 usinas solares, hídricas e de biogás. A reciclagem de resíduos sólidos alcança 99,9%. No quesito diversidade, 37% da liderança já é composta por mulheres e 20% por pessoas negras. “Isso se traduz em índice de engajamento de 90%, com pessoas de bem com a empresa e tomadas de decisão mais ricas”, diz o CEO. A empresa está no Novo Mercado da B3 desde 2011. De acordo com Luciano Saboia, diretor de pesquisa e consultoria para telecomunicações da IDC, a TIM foi a empresa que mais ganhou participação de mercado em 5G nos últimos 12 meses. Ele também destaca os resultados de monetização da operadora em áreas como IoT e publicidade móvel.

 — Foto: Arte/Valor
— Foto: Arte/Valor

[Fonte Original]

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