Crédito, Reuters
- Author, David Gritten
- Role, Da BBC News
Uma comissão de inquérito das Nações Unidas afirmou nesta terça-feira (16/9) que Israel cometeu genocídio contra palestinos em Gaza.
Um novo relatório afirma que há motivos razoáveis para concluir que quatro dos cinco atos genocidas definidos pelo direito internacional foram cometidos desde o início da guerra com o Hamas em 2023: matar membros de um grupo, causar graves danos físicos e mentais, impor deliberadamente condições calculadas para destruir esse grupo e impedir nascimentos.
O relatório da comissão cita declarações de líderes israelenses e o padrão de conduta das forças israelenses como evidência de intenção genocida.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel rejeitou veementemente o relatório, dizendo que o documento é “distorcido e falso”.
Um porta-voz de Israel acusou os três especialistas da comissão de servirem como “representantes do Hamas” e confiarem “inteiramente em falsidades do Hamas, lavadas e repetidas por outros” que “já haviam sido completamente desmascaradas”.
O Exército de Israel lançou uma campanha em Gaza em resposta ao ataque sem precedentes realizado pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, no qual cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e 251 foram feitas reféns.
Pelo menos 64,9 mil pessoas foram mortas em ataques israelenses em Gaza desde então, de acordo com o Ministério da Saúde do território, administrado pelo Hamas.
A maior parte da população também foi deslocada repetidamente. Estima-se que mais de 90% das casas foram danificadas ou destruídas. Os sistemas de saúde, água, saneamento e higiene entraram em colapso. Especialistas em segurança alimentar apoiados pela ONU declararam estado de fome na Cidade de Gaza.