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quinta-feira, setembro 18, 2025

Bolsas de NY sobem após corte de juros do Fed; dólar avança com incertezas sobre ritmo

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As bolsas de Nova York avançam após o Federal Reserve (Fed) retomar o ciclo de corte de juros após nove meses, como esperado. Enquanto isso, o dólar sobe com as incertezas quanto ao ritmo do afrouxamento monetário daqui para frente. Os rendimentos de Treasuries operam em alta.

Por volta de 13h20, o índice DXY – que mede a relação entre o dólar e uma cesta de moedas de países desenvolvidos – subia 0,57%, a 97,42 pontos. O rendimento da T-note de dois anos subia a 3,578%, de 3,572% no fechamento anterior, enquanto o da T-note de dez anos tinha alta de 4,085% a 4,118%.

Nas bolsas de Nova York, o índice Dow Jones subia 0,20%, aos 46.109,85 pontos; o S&P 500 ganhava 0,55%, aos 6.636,58 pontos e o Nasdaq Composto tinha alta de 1,01%, aos 22.485,35 pontos, liderado pelos ganhos das gigantes Nvidia e Tesla.

O Fed anunciou ontem um corte de juros de 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 4% e 4,25%, e prevê mais duas reduções neste ano, segundo o gráfico de pontos. O presidente do banco central americano, Jerome Powell, destacou os sinais crescentes de fraqueza no mercado de trabalho e sinalizou uma mudança de foco para o mandato de pleno emprego.

Mais cedo, os dados de pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos mostraram queda de 33 mil, para 231 mil, na semana encerrada em 13 de setembro, marcando a maior baixa em quase quatro anos, após um aumento atípico na semana anterior, e em linha com a persistente diminuição nas demissões.

“Apesar da perda de dinamismo do emprego, a inflação ainda permanece elevada”, diz o economista da Suno Research, Rafael Perez, em nota. “O risco é de que o esgotamento dos estoques formados antes da imposição de novas tarifas de importação coloque pressões adicionais sobre os preços nos próximos meses, limitando o espaço para um ciclo mais agressivo de corte de juros.”

Na coletiva de imprensa após a reunião, Powell adotou um tom levemente “hawkish”, propenso ao aperto monetário, e continuou a sinalizar que o Comitê não tem pressa em retornar à neutralidade, escrevem os economistas do Wells Fargo, Sarah House e Michael Pugliese, em nota. Em vez disso, com a política ainda um tanto restritiva, Powell caracterizou o ajuste como um “corte de gestão de risco” e a perspectiva de política monetária de curto prazo como uma “situação de reunião por reunião.”

Além disso, o recém-confirmado diretor do Fed Stephan Miran, indicado por Donald Trump, foi o único dissidente na reunião, preferindo cortar em 0,50 ponto percentual em vez de 0,25 ponto, em um momento em que a Casa Branca pressiona o banco central a reduzir juros mais rapidamente e aumenta sua influência no comitê de política monetária.

Por fim, Trump pediu nesta quinta-feira para que a Suprema Corte dos Estados Unidos o autorize a demitir a diretora do Fed Lisa Cook, em mais um desdobramento da batalha judicial que levanta preocupações sobre a independência do banco central americano.

No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE) manteve a taxa de juros inalterada em 4%, como amplamente esperado, após um corte na decisão anterior. O banco central britânico se antecipou ao Fed este ano em cortes de juros, mas agora se vê limitado em sua capacidade de implementar mais afrouxamento monetário, apontam analistas. Já o banco central da Noruega cortou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 4%, mas deu a entender que, daqui para frente, pode não afrouxar a política monetária tanto quanto o esperado anteriormente.

[Fonte Original]

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