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sexta-feira, setembro 19, 2025

Indústria 4.0: Especialista em blockchain está na lista de 16 profissões do futuro no Brasil, segundo a CNI

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Resumo da notícia:

O futuro da tecnologia blockchain vai muito além do mercado de criptoativos no Brasil. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), uma das principais entidades do setor produtivo brasileiro, incluiu o cargo de “Arquiteto de Soluções Blockchain para Cadeia de Suprimentos” em sua lista de profissões emergentes.

Um estudo do Observatório Nacional da Indústria (ONI) mapeou 16 ocupações e 34 tendências tecnológicas que deverão transformar o mercado de trabalho no Brasil nos próximos dez anos. O documento aponta que a demanda por especialistas em blockchain deve atingir no mínimo 5% das empresas do setor nos próximos cinco anos.

Embora se trate de um movimento paralelo à adoção das criptomoedas como ativos financeiros, o estudo da CNI valida outras aplicações da tecnologia, qualificando-a como ferramenta estratégica para otimizar a gestão de um setor central do processo produtivo.

As cadeias de suprimentos tradicionais frequentemente sofrem com falta de visibilidade, processos suscetíveis a erros e dificuldade em verificar a autenticidade dos produtos.

A tecnologia blockchain tem a capacidade de garantir a rastreabilidade de um produto desde a matéria-prima até o consumidor final, minimizando o risco de fraudes e falsificações. Uma vez que uma informação é adicionada à blockchain, ela não pode ser alterada.

Em cadeias de suprimentos de produtos de alto valor, como medicamentos, artigos de luxo ou alimentos com certificação de origem, a tecnologia blockchain agrega um nível de segurança e transparência que os sistemas tradicionais não conseguem igualar.

Qualidades dos profissionais do futuro

A tecnologia blockchain é parte de um conjunto de inovações que a CNI considera centrais para a transformação digital da indústria, incluindo inteligência artificial (IA), Internet Industrial das Coisas (IIoT) e realidade aumentada.

O estudo prevê que os cargos de nível superior que terão maior demanda nos próximos anos serão os de gerente de inovação aberta e colaborativa (em 27% das empresas), gestor de sustentabilidade e economia circular (20%), especialista em gêmeos digitais e modelagem virtual (15%) e especialista em governança algorítmica e ética digital (12%).

Entre as ocupações de nível técnico, destacam-se técnico em micro-redes e energias renováveis (30%), técnico em cibersegurança industrial (25%), técnico em impressão 3D (25%) e técnico em manutenção preditiva (15%).

Interdisciplinaridade, capacidade analítica e criatividade serão habilidades imprescindíveis para os profissionais do futuro. Segundo o superintendente do ONI, Márcio Guerra, funções meramente operacionais tendem a ser substituídas por ferramentas e processos digitais:

“Os trabalhadores atuais vão precisar se adaptar de forma contínua, desenvolvendo habilidades como fluência digital, análise de dados e resolução de problemas complexos.”

Guerra também destaca que as mudanças vão além da tecnologia, exigindo novas competências dos trabalhadores:

“Não se trata apenas de operar máquinas e equipamentos, mas de compreender os sistemas que as conectam, de analisar os dados que elas produzem e de tomar decisões baseadas em evidências. Isso exige uma formação sólida, constantemente atualizada e conectada às práticas do mundo do trabalho.”

Oportunidades no mercado de criptomoedas

A inclusão de especialistas em blockchain no radar da CNI é um marco de validação institucional da tecnologia no Brasil. Para investidores e entusiastas do mercado de criptomoedas, o estudo sinaliza uma nova fase de maturidade da tecnologia.

Ao focar em casos de uso reais, a indústria demonstra um compromisso de longo prazo com a adoção da tecnologia. O eventual crescimento da demanda por soluções corporativas abre um novo horizonte de oportunidades de investimento.

Projetos de blockchain com foco em aplicações empresariais, interoperabilidade e tokenização de ativos reais (RWA) podem se beneficiar diretamente dessa tendência.

O estudo da CNI reforça que o futuro da inovação industrial será construído sobre os mesmos princípios de descentralização e segurança que fundamentam o mercado cripto.

Conforme noticiado recentemente pelo Cointelegraph Brasil, a tecnologia blockchain também foi adotada pelo governo para validação digital de carteiras de identidade.

[Fonte Original]

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