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sexta-feira, setembro 19, 2025

Investidores do Mercado Bitcoin podem ter retorno de até 5x: Caso da fintech brasileira Asaas evidencia potencial da tokenização

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Resumo da notícia:

Investimentos recentes de fundos de capital de risco na fintech brasileira Asaas podem resultar num retorno de pelo menos cinco vezes para usuários que participaram da oferta de tokens de Renda Variável Digital na “bolsa de startups” do Mercado Bitcoin (MB).

Por meio da iniciativa da MB Startups, investidores pessoas físicas tiveram a oportunidade de adquirir uma participação na Asaas na mesma época em que grandes fundos de capital de risco, como o SoftBank, investiram na fintech.

Posteriormente, a fintech recebeu injeções adicionais de capital de R$ 820 milhões em uma rodada de financiamento liderada pela gestora americana Bond – a maior captação de uma empresa brasileira em 2024 – e de R$ 35 milhões da Vivo Ventures, o braço de capital de risco corporativo da Telefônica, em 2025.

Segundo Reinaldo Rabelo, CEO do MB, os aportes recentes elevaram o valuation (valor de mercado) da fintech para algo em torno de R$ 3 bilhões a R$ 5 bilhões, embora os números exatos não tenham sido divulgados.

O caso da Asaas demonstra como a tokenização tem potencial para dinamizar o mercado de capitais. Utilizando a tecnologia blockchain, o MB Startups permite que participações em negócios de alto crescimento — um ecossistema antes exclusivo para fundos de capital de risco e investidores institucionais — sejam fracionadas e distribuídas como ativos digitais em ofertas direcionadas a outros perfis de investidores.

“O venture capital costuma ser marcado por altas barreiras de entrada e pela falta de liquidez, mas o modelo do MB Startups permite que investidores acessem oportunidades a partir de aportes de R$ 100, com apenas três cliques”, explica Lívia Calandra, head da MB Startups, em entrevista ao Cointelegraph Brasil.

No caso da Asaas, a oferta de tokens de Renda Variável Digital (RVD) garantiu a liquidez necessária para que investidores-anjo pudessem vender suas participações e realizar lucros parciais no contexto da rodada de financiamento de Série B. Ao mesmo tempo, proporcionou uma oportunidade para que os clientes do MB pudessem investir na empresa. Tudo isso, sem gerar qualquer impacto operacional para a Asaas.

Calandra ressalta que a plataforma da MB Startups também “funciona como uma alternativa viável às rodadas tradicionais de venture capital, oferecendo captação de recursos de forma mais estruturada, transparente e diversificada, sem depender exclusivamente de fundos ou investidores-anjos.”

Para os investidores, os tokens RVD criam “oportunidades de diversificação e entrada em empresas de alto crescimento sem exigir aportes elevados ou conexões exclusivas com venture capital”, acrescenta a executiva.

Asaas oferece soluções de gestão financeira para PMEs brasileiras

Fundada em 2010, a Asaas atende pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras, oferecendo soluções completas de gestão financeira. Em 2021, a empresa obteve licenças do Banco Central (BC) para atuar como Instituição de Pagamento (IP) e Sociedade de Crédito Direto (SCD).

Enquanto a taxa de sobrevivência de PMEs no Brasil é de 56% no período de 12 a 36 meses, os clientes da Asaas apresentam uma taxa de 78%. Diego Contezini, CEO e fundador da Asaas, atribui essa vantagem às ferramentas de gestão financeira da fintech e à automatização do processo de cobranças e recebimentos. Anteriormente, as empresas dedicavam 18 dias por mês para gerir seus fluxos de caixa. Com a Asaas, o tempo foi reduzido para cinco minutos por dia, segundo Contezini.

Em 15 anos, a fintech consolidou-se como uma das maiores plataformas financeiras do Brasil, com mais de 220 mil clientes ativos e R$ 500 milhões em Receita Recorrente Anual (ARR). Em 2024, registrou R$ 43,5 bilhões em volume movimentado e receita bruta de R$ 339,5 milhões.

Expansão do setor depende de avanços regulatórios

Apesar do sucesso da Asaas e de outras ofertas promovidas pela MB Startups, a regulamentação do mercado de renda variável digital ainda é um entrave para o crescimento mais amplo do setor.

Para Rabelo, a “experiência emprestada” do arcabouço regulatório existente não atende às características do mercado de RVD.

A legislação brasileira não permite a negociação de tokens vinculados a ativos mobiliários em mercados secundários. Isso compromete a atração de novos investidores e impede que o mercado RVD atinja sua plena capacidade, afirma Calandra:

“Essa limitação cria um mercado ilíquido, onde a saída do investimento depende, apenas, do evento de liquidez (IPO, M&A, etc.), o que difere substancialmente da dinâmica da bolsa de valores. A ausência de um mercado secundário robusto impacta diretamente a escalabilidade do produto e o desenvolvimento de funcionalidades.”

A head do MB Startups defende que a regulamentação do mercado secundário, com a formação de um book de ofertas e preços de mercado, é imprescindível para o desenvolvimento do setor.

Mesmo com as limitações atuais, o MB Startups estima movimentar R$ 1 bilhão em 2025, com pelo menos R$ 100 milhões destinados a startups, afirma a executiva:

“O objetivo é consolidar a plataforma como referência em investimentos privados no Brasil, ampliando tanto o portfólio de startups quanto os setores atendidos.

Conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil, a AmFi, que também atua no mercado de tokenização de ativos reais (RWA), tem registrado um crescimento médio mensal de 60% em ofertas de crédito privado digital.

[Fonte Original]

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