Principais pontos
Brasileiro junta latinhas por dois anos para comprar Bitcoin.
História viraliza e comunidade cripto doa US$ 20 mil.
Memecoin criada em sua homenagem alcança US$ 430 mil em minutos.
Um brasileiro comum transformou sua rotina de recolher latas de alumínio nas ruas de Limeira (interior de São Paulo) em uma história que comoveu a comunidade cripto mundial.
Bruno Oliveira, conhecido como “sucateiro cripto”, passou os últimos dois anos pedalando pela cidade e recolhendo sucata para trocar por satoshis, as menores frações do Bitcoin.
O que começou como um esforço pessoal virou um exemplo global de persistência, disciplina e de como a tecnologia pode se conectar com a vida real.
Desde 2020, Bruno já havia tentado investir em Bitcoin. Na época, conseguiu juntar uma boa quantidade, mas a crise econômica o obrigou a vender tudo para sobreviver. Quando a vida se estabilizou, decidiu recomeçar.
Sem recursos financeiros, resolveu apostar na reciclagem para comprar satoshis. Bruno começou a compartilhar nas redes sociais suas pedaladas e o quanto conseguia em satoshis por dia.
Temos que fazer o que tem que ser feito no meu caso lata por lata satoshi por satoshi. pic.twitter.com/hbYSwtaBqa
— ₿runo Oliveira (@sucateirocripto) August 17, 2025
Muitas vezes, os valores eram pequenos, como RR$ 75 reais em latas que viravam seis mil satoshis. Mas a mensagem era clara: não existe desculpa para não investir. Essa visão chamou atenção de figuras do mercado cripto como Pete Rizzo, editor do Bitcoin Magazine, que o apelidou de “crypto scrapper”.
THIS BRAZILIAN MAN HAS BEEN COLLECTING SCRAP CANS ON STREETS FOR 2 YEARS TO BUY #BITCOIN
HE IS CLOSING IN ON 1 BTC. LEGENDARY 🔥 pic.twitter.com/RVxy6S1fte
— The Bitcoin Historian (@pete_rizzo_) September 19, 2025
A comunidade enxergou nele uma metáfora viva do mecanismo de Proof of Work (PoW) do Bitcoin. Assim como a rede exige esforço computacional para validar transações, Bruno transformava seu suor em riqueza digital.
A história, também contada pelo youtuber Minello, rapidamente viralizou em grupos de Telegram e fóruns de investidores, ultrapassando fronteiras e mostrando que o Bitcoin pode ser um caminho até mesmo para quem está fora do sistema bancário tradicional.
O presente inesperado da comunidade cripto
Em agosto de 2025, um desenvolvedor anônimo criou a memecoin BitCan na plataforma Beggs, em homenagem ao brasileiro.
Diferente de outras memecoins, todas as taxas de negociação iam direto para a carteira de Bruno. Em poucos minutos, o ativo já tinha alcançado US$ 100 mil em valor de mercado, chegando ao pico de US$ 430 mil em menos de meia hora.
O resultado foi US$ 20 mil enviados diretamente ao brasileiro. Bruno acordou e descobriu que havia conquistado mais em um dia do que em anos de trabalho pesado.
A imagem de uma latinha com o símbolo do Bitcoin estampada viralizou, consolidando sua trajetória como uma das mais inspiradoras do universo cripto.