O setor petroquímico da América Latina está passando por uma crise prolongada que aumenta riscos de refinanciamento e liquidez das companhias, elevando sua vulnerabilidade a novas revisões negativas em notas de crédito, diz a Fitch Ratings.
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Os analistas Rogelio Gonzalez, Marcelo Pappiani e Yee Man Chin escrevem que um cenário que combina demanda mais fraca, excesso de oferta global e um aumento nas importações vem impactando o setor.
Um ambiente de consumo cauteloso no Brasil e no México, a incerteza comercial e os juros altos continuam a pressionar a demanda. As produtoras de químicos commodities enfrentam forte compressão de margens e subutilização de seus ativos.
Uma recuperação sustentada depende de uma racionalização da capacidade global ou de uma reaceleração do crescimento, mas a agência destaca que a capacidade de produção da China continua a crescer, mantendo o excesso de oferta no mercado global.
A Braskem e sua subsidiária Braskem Idesa são os casos mais críticos na região, afirma a agência, lembrando que colocou as notas de crédito em perspectiva negativa para um possível novo rebaixamento por conta de queima de caixa maior que a esperada.
Em contraste, os perfis de liquidez das latinas Alpek, Orbia e Cydsa são considerados sólidos pela agência de classificação de riscos, notando maior diversificação operacional e rentabilidade mais resiliente.