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quinta-feira, setembro 25, 2025

É vital fechar fábricas clandestinas de armas para o crime organizado

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Essas linhas de fabricação clandestina têm se destacado no abastecimento dos arsenais do crime, segundo artigo dos pesquisadores Bruno Langeani e Natália Pollachi, do Instituto Sou da Paz, publicado em revista científica da London School of Economics. Eles verificaram que, entre 2019 e 2023, a quantidade de metralhadoras e submetralhadoras apreendidas aumentou 17,8% (de 790 para 931), e a de fuzis 44,8% (de 1.139 para 1.650). O mais preocupante é que 39% dos fuzis não tinham indicação de fabricante. Eram fantasmas — evidência do funcionamento das fábricas ilegais de armas. É, de acordo com os pesquisadores, um percentual muito alto, mesmo levando em conta as dificuldades da polícia para identificar as armas corretamente.

Não é de hoje que o crime organizado busca fontes próximas de abastecimento para seus arsenais. O próprio crescimento da criminalidade incentiva o surgimento dessas fábricas. Estudos forenses já mostravam a prevalência de armas de fabricação “privada” nas apreensões. Um deles revelou que 48% das submetralhadoras apreendidas em São Paulo em 2011 e 2012 eram armas artesanais, sem componentes industriais.

Livre de regulações, o mercado americano de armamentos é a principal fonte de partes e peças montadas nas linhas de produção clandestinas. O Paraguai costuma ser escala nas rotas de contrabando, tanto das armas originais quanto das montadas, por vezes com peças de fabricantes conhecidos. Os pesquisadores citam um caso ocorrido entre Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e Ponta Porã, no Brasil, cidades divididas apenas por uma avenida. Segundo o relato, a polícia parou o carro de uma família e notou que as portas do veículo pareciam pesadas demais. Dentro delas estavam sete pistolas Glock e quatro fuzis fantasmas, fornecidos por linhas de montagem que funcionam ao longo da fronteira.

[Fonte Original]

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