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quinta-feira, setembro 25, 2025

Por que Microsoft e Apple falam que usar o Google Chrome é perigoso?

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A guerra de navegadores é uma das disputas mais intensas na indústria da tecnologia. Por mais que sempre haja um líder disparado (o Internet Explorer anos atrás e o Google Chrome hoje), o mercado é palco de uma concorrência pesada.

O Chrome é não só o programa mais usado na categoria, mas também o que mais recebe críticas das próprias rivais. Nos últimos meses, essa artilharia pesada cresceu especialmente por parte de Apple e Microsoft, dispostas a convencer o público a trocar de navegador e agora usando a carta de segurança como argumento.

Mas quais são as críticas dessas companhias em relação a um navegador tão popular? A seguir, conheça os pontos defendidos por essas marcas para entender porque essas empresas dizem que o melhor para você é desinstalar o Chrome do computador.

A Microsoft contra o Chrome

A dona do Windows tem um motivo bem simples para tentar fazer o público migrar de navegador: ela atualmente é a vice-líder do mercado de desktops (11%,8) contra o domínio de 70,25% do Chrome, e está em busca de uma maior fatia do público.

O principal ponto em relação ao Edge, porém, envolve a tendência da Microsoft em ser bastante insistente para que você utilize os recursos nativos da companhia no sistema operacional.

Ela faz isso com a plataforma de inteligência artificial (IA) Copilot, por exemplo, além do próprio navegador. Nas tentativas mais recentes de convencimento, que foram criticadas pela comunidade, ela gera um pop-up se você pesquisa “Google Chrome” no Edge e tenta impedir você  de instalar o rival com um banner.

Segundo a Microsoft, o Edge é mais protegido por, embora funcionar com base no mesmo motor Chromium do concorrente, ter funções gerais adicionais, mais inteligentes (usando o Copilot) e integrados ao Windows (como no Microsoft 365).

Uma das formas da Microsoft de impedir a troca de navegador. (Imagem: Nilton Kleina/TecMundo)

No caso da segurança, que é só um entre os vários tópicos defendidos, a companhia alega que só o Edge traz “recursos de segurança aprimorados pela IA e controles de segurança avançados”, incluindo proteção contra digitação errada de sites, um monitor de senhas, a VPN embutida e a proteção SmartScreen que impede você de acessar páginas perigosas.

Os argumentos da Apple contra a Google

A Apple, por outro lado, faz uma campanha bem mais incisiva contra a Google no ponto de vista da proteção digital. Há até uma página no site da empresa dedicada a dizer que “ao contrário do Chrome, o Safari realmente ajuda a proteger a sua privacidade“.

Segundo a companhia, o Safari é mais indicado para o Mac do que o Chrome por trazer uma série de funções específicas de segurança, incluindo lutar contra rastreadores e até esconder o seu IP de alguns deles, impedir que extensões vasculhem a sua navegação por padrão e ter um modo privado mais eficaz.

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Imagem: Reprodução/Apple

Além disso, o navegador da Maçã bloqueia o rastreamento de cookies de terceiros por padrão — algo que a Google cogitou fazer e até anunciou os planos para a implementação, mas voltou atrás agora em 2025 por achar que ele não era mais necessário.

A campanha vale também para o iPhone: em um comercial do ano passado, a Apple parodiou o filme “Pássaros” (1963), de Alfred Hitchcock, para indicar que o Chrome está sempre de olho nos seus passos na internet.

O Chrome é mesmo tão inseguro?

No geral, o Google Chrome não é um navegador que oferece riscos graves para a segurança digital do usuário. Por se tratar de um produto popular e de uma empresa de grande porte, porém, ele é um alvo frequente tanto de cibercriminosos quanto de ataques das rivais e pode não ser capaz de proteger você de todos os riscos existentes na rede.

O programa tende a receber atualizações frequentes em segundo plano para fechar vulnerabilidades descobertas, além de trazer mecanismos básicos de proteção contra URLs fraudulentas e um gerenciador de senhas.

 

Se usado sem alterações nas configurações e fora do modo privado, porém, o Chrome é um navegador especialmente aberto a rastreadores de navegação, como cookies dos sites visitados pelo usuário. Caso essa seja a sua preocupação principal, neste caso os ataques de Apple e Microsoft são mesmo mais embasados.

Em termos de privacidade, entretanto, nem mesmo Safari e Edge são os mais recomendados: programas como Brave e DuckDuckGo, entre outros, tendem a oferecer recursos específicos para evitar rastreamento de navegação, embora não tenham tanto desempenho, funções extras ou capacidade de personalização.

[Fonte Original]

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