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A Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, anunciou nesta quinta feira (2) a compra da OxyChem, unidade petroquímica da Occidental Petroleum, em um acordo avaliado em US$ 9,7 bilhões (R$ 51,6 bilhõs). Trata se do maior negócio da empresa de Warren Buffett nos últimos três anos.
A Berkshire, que já possui cerca de 28,2% de participação na Occidental, pagará o valor integralmente em dinheiro. Do total, US$ 6,5 bilhões (R$ 34,6 bilhões) serão usados pela Occidental para reduzir sua dívida, que deve cair para menos de U$ 15 bilhões (R$ 79,8 bilhões).
Essa é a maior aquisição da Berkshire desde 2022, quando ele comprou seguradora Allegheny Corporation por US$ 11,6 bilhões (R$ 61,7 bilhões).
A OxyChem é especializada em produtos químicos básicos como cloro e hidróxido de sódio, usados em tratamento de água e assistência médica. Em agosto, a Occidental reduziu em 15% sua previsão de lucro da unidade para o ano, projetando entre US$ 800 milhões (R$ 4,26 bilhões) a US$ 900 milhões (R$ 4,79 bilhões), em razão do excesso de oferta no mercado.
Sinal de transição na Berkshire
O anúncio não mencionou diretamente Warren Buffett, reforçando a percepção de que a liderança da Berkshire está em transição para Greg Abel. Buffett confirmou em maio que Abel assumirá o cargo de diretor executivo. Atualmente, ele é vice presidente da empresa, enquanto Buffett permanecerá como presidente do conselho e continuará participando das principais decisões.
Buffett, a 10ª pessoa mais rica do mundo segundo a aferição em tempo real da Forbes, comanda a Berkshire desde 1970 e tem uma fortuna estimada em US$ 148,3 bilhões (R$ 788,8 bilhões).
A Berkshire mantém investimentos de longa data na Occidental. Em 2019, aportou USS 10 bilhões (R$ 53,2 bilhões) para viabilizar a compra da Anadarko Petroleum. Em 2022, recebeu aprovação para adquirir até 50% das ações da Occidental e vem ampliando gradualmente sua participação.
No ano passado, Buffett afirmou que a Berkshire não pretende assumir o controle majoritário da Occidental, mas destacou que aprecia a fatia já detida. A petroleira, por sua vez, segue em processo de desalavancagem após a aquisição da rival CrownRock por US$ 10,8 bilhões (R$ 57,5 bilhões), prevendo ainda a venda de cerca de US$ 4 bilhões (R$ 21,3 bilhões) em ativos.