Não faz muito tempo que os noticiários brasileiros destacavam a crise gerada pela substituição dos trabalhadores boias-frias pela mecanização das lavouras. À época, cada avanço de 1% na mecanização da colheita correspondia à demissão de mais de mil trabalhadores. Falou-se muito sobre o desemprego gerado por esse avanço tecnológico que, para muitos, era visto como uma praga do mundo moderno. No entanto, essa transformação atendia a preceitos fundamentais de dignidade humana e a uma legítima reivindicação ambiental: o fim das queimadas, que lançavam gases tóxicos na atmosfera e comprometiam a imagem da agricultura nacional no exterior.