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terça-feira, outubro 7, 2025

Brasil tem finalistas em prêmio do príncipe William

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Iniciativa do governo brasileiro e celebrado por diferentes países na última Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) é um dos 15 finalistas do Prêmio Earthshot, projeto lançado pelo príncipe William, do Reino Unido. A empresa re.green, de restauração de florestas nativas, é a outra solução do Brasil selecionada para a edição de 2025 da premiação ambiental, conhecida como “Oscar da Sustentabilidade”.

O Reino Unido confirmou oficialmente no fim de semana a presença do príncipe de Gales na cerimônia anual da premiação, que ocorre pela primeira vez na América Latina, no Museu do Amanhã, no Rio, em 5 de novembro, antes do início da COP30, em Belém. Esta será sua primeira visita ao Brasil.

As iniciativas estão separadas em cinco categorias: proteger e restaurar a natureza; limpar nosso ar; revitalizar nossos oceanos; construir um mundo sem lixo; e combater a crise climática. Os dois projetos brasileiros se enquadram na primeira delas. Antes disso, a Belterra, especializada em agricultura regenerativa para pequenos e médios agricultores, foi a única brasileira finalista.

O Prêmio Earthshot escolhe cinco vencedores finais (um por categoria), que ganham 1 milhão de libras (R$ 7,5 milhões) cada um. Podem se classificar iniciativas individuais, projetos com ou sem fins lucrativos e também de governos. O valor é financiado pelos parceiros fundadores da premiação.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, diz que a escolha do fundo como um dos finalistas é “um reconhecimento simbólico e estratégico”:

“A visibilidade internacional, somada ao compromisso do Brasil de investir US$ 1 bilhão no TFFF, vai fortalecer nossa capacidade de atrair investimentos e ampliar a conscientização global sobre o valor das florestas tropicais”, afirma ela, que destaca a oportunidade do fundo “de garantir que a conservação das florestas seja mais valorizada que sua destruição e de assegurar o financiamento de longo prazo para quem as protege”.

O TFFF foi apresentado pela primeira vez em 2023, na COP28, em Dubai. O plano é proteger florestas no Brasil e em outros 70 países em desenvolvimento, com a remuneração por hectare de floresta conservado, a chamada floresta em pé, e não por carbono evitado.

O anúncio do aporte de US$ 1 bilhão no TFFF foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu discurso na Assembleia da ONU no mês passado. A meta total é de US$ 25 bilhões de governos, na forma de investimentos, e outros US$ 100 bilhões de investidores institucionais com foco no retorno a longo prazo.

“O TFFF não dependerá de doações recorrentes de países apoiadores. Ele é um fundo de investimento que gera um retorno e esse retorno é usado para financiar a conservação”, explica o subsecretário de assuntos econômicos e fiscais do Ministério da Fazenda, João Paulo de Resende.

A brasileira re.green também aposta na visibilidade internacional para ampliar sua capacidade de restaurar florestas nativas, afirma o diretor-executivo da empresa, Thiago Picolo. Com três anos de fundação, a empresa atua em diferentes etapas de restauração, desde a compra ou arrendamento de pastagens degradadas, plantação de mudas, monitoramento até o crescimento da floresta, fabricação de produtos florestais e créditos de carbono de alta qualidade.

“Nem todas as pastagens degradadas têm o mesmo potencial. É preciso identificar as regiões de interesse e escolher o método mais adequado para usar em cada hectare, para otimizar os recursos de restauração”, afirma Picolo.

A re.green acaba de passar por sua primeira medição oficial de carbono nas florestas restauradas e emitirá seus primeiros créditos em março de 2026. A empresa fechou contratos com prazos de até 30 anos com a Microsoft e a Nestlé para remoção de 7,5 milhões de toneladas de carbono.

A meta é restaurar 1 milhão de hectares de florestas degradadas, com foco inicialmente no Brasil, mas também planos para países como Congo e Indonésia.

“O Brasil é uma potência em florestas comerciais, com alta produtividade na plantação de eucalipto. Com ciência e inovação na restauração de florestas tropicais estamos criando um novo setor”, diz o diretor-executivo. Os planos ambiciosos são financiados por investidores como Lanx Capital, BW Capital Partners, Gávea Investimentos, Principia Capital Partners e Dynamo Gestora de Recursos.

[Fonte Original]

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