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terça-feira, outubro 7, 2025

Primeiro-ministro da França Renuncia Horas após Tomar Posse

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Stephane Mahe/Pool/Reuters

Premiê da França, Sebastien Lecornu, que apresentou a renúncia de seu governo, anuncia saída no Hotel Matignon, em Paris.

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O novo primeiro-ministro da França, Sebastien Lecornu, e seu governo renunciaram nesta segunda-feira (6), horas após anunciarem a formação do novo gabinete, em um grande agravamento da crise política francesa que levou as ações e o euro a uma forte queda.

A renúncia rápida e inesperada ocorreu depois que aliados e inimigos ameaçaram derrubar o novo governo, com Lecornu dizendo que isso significa que ele não pode fazer seu trabalho.

Os partidos de oposição imediatamente pediram ao presidente da França, Emmanuel Macron, que renuncie ou convoque uma eleição parlamentar antecipada, dizendo que não havia outra maneira de sair da crise.

Lecornu, que foi o quinto primeiro-ministro de Macron em dois anos, permaneceu no cargo por apenas 27 dias. Seu governo durou 14 horas, tornando-se o mais curto da história moderna da França, em um momento em que o Parlamento está profundamente dividido e a segunda maior economia da zona do euro está lutando para colocar suas finanças em ordem.

A política francesa tem se tornado cada vez mais instável desde a reeleição de Macron em 2022, devido à falta de um partido ou grupo com maioria parlamentar. A decisão de Macron de convocar uma eleição parlamentar antecipada no ano passado aprofundou a crise ao produzir um Parlamento ainda mais fragmentado.

O presidente centrista pode agora convocar novas eleições antecipadas, renunciar ou tentar nomear outro primeiro-ministro. Nos últimos meses, Macron, cujo mandato vai até maio de 2027, descartou repetidamente as duas primeiras opções. Ele ainda não reagiu publicamente à renúncia de Lecornu.

A BFM TV mostrou imagens de Macron caminhando à beira do rio Sena, em uma figura solitária.

Oposição quer eleições imediatas

Na oposição, muitos se apressaram em pedir que Macron convoque novas eleições parlamentares antecipadas ou renuncie.”Macron deve agora escolher: dissolução ou renúncia, e rápido!”, disse o Reunião Nacional (RN), de extrema-direita, no X.

“Essa piada já durou tempo demais, a farsa precisa acabar”, disse a líder do RN, Marine Le Pen.

Mathilde Panot, do partido de extrema-esquerda França Insubmissa, disse: “Lecornu renuncia. 3 primeiros-ministros derrotados em menos de um ano. A contagem regressiva começou. Macron deve sair”.

David Lisnard, dos conservadores Republicanos, também estava entre os que pediram a saída de Macron.

Para explicar por que não conseguiu avançar e estabelecer compromissos com os partidos rivais, Lecornu culpou os “egos” dos políticos da oposição, que se mantiveram rigidamente fiéis aos seus manifestos, enquanto os da coalizão minoritária se concentraram em suas próprias ambições presidenciais.

“Você deve sempre preferir seu país ao seu partido”, disse ele em um breve discurso após sua renúncia.

Depois de semanas de consultas com partidos políticos de todos os setores, Lecornu, um aliado próximo de Macron, nomeou seus ministros no domingo e eles deveriam realizar sua primeira reunião na tarde desta segunda.

Mas a nova formação do gabinete irritou tanto os oponentes quanto os aliados, que a consideraram muito direitista ou não o suficiente, levantando dúvidas sobre a sua duração.

Lecornu entregou sua renúncia a Macron, que a aceitou.



[Fonte Original]

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