Resumo da notícia:
Os próximos alvos de preço do Bitcoin (BTC) estão na região entre US$ 150.000 e US$ 170.000, afirma Diego Pohl, analista da Crypto Investidor, após o criptoativo renovar suas máximas históricas poucas horas antes do fechamento semanal no último domingo, 5 de outubro.
Na esteira das novas máximas históricas registradas pelo S&P500 e pela Nasdaq, o Bitcoin abriu a segunda semana do “Uptober” flertando com novos recordes de preço acima de US$ 125.000 nesta segunda-feira.
Segundo o boletim semanal de análise de mercado da QR Asset, os catalisadores para alta em meio ao shutdown do governo americano são “o entusiasmo contínuo com a IA e a percepção de que a queda de juros nos EUA está mais próxima, mesmo com o ruído político.”
Dados da FedWatch Tool do CME Group apontam 94,1% de chances de um novo corte de juros nos EUA. Com um cenário macroeconômico relativamente estável, com novos cortes nos EUA no radar, e a força das ações de tecnologia, as criptomoedas se beneficiam duplamente, afirma Murilo Cortina, diretor de novos negócios da QR Asset:
“[Cripto] carrega beta de crescimento por ser uma infraestrutura digital ainda em implantação — com casos cada vez mais concretos em pagamentos com stablecoins, reservas corporativas e soberanas em Bitcoin, tokenização de títulos e liquidação via redes compatíveis — e, simultaneamente, oferece uma alternativa de proteção contra riscos políticos e monetários que se acentuam em episódios como o atual shutdown.”
A ausência de dados oficiais, embora positiva em um primeiro momento, tende a se tornar um vetor de volatilidade à medida que a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), marcada para 29 de outubro, se aproxima, segundo o executivo:
“A fotografia que emerge dos sinais disponíveis sugere desaceleração marginal do emprego e uma economia que continua forte o bastante para sustentar lucros, mas que podem colocar dúvidas nas apostas de cortes de juros até o fim do ano — combinação que explica novos recordes nos índices acionários mesmo com Washington paralisado.”
A alta do Bitcoin, por sua vez, foi impulsionada pela captação robusta dos ETFs listados nos EUA, ao mesmo tempo que as liquidações de posições compradas no mercado de derivativos eliminaram o excesso de risco e as exchanges reportaram crescimento de demanda no mercado spot.
“A liquidação de longs reduziu a fragilidade de um mercado alavancado e abriu espaço para que entradas direcionais — desta vez mais equilibradas entre varejo, tesourarias e veículos institucionais — se traduzissem em tendência com menos atrito”, afirma Cortina. “Esse avanço não se reflete apenas no preço; é uma mudança de composição.”
Análise de preço do Bitcoin
Diego Pohl destaca que a ação de preço do Bitcoin nos primeiros dias de outubro “reforça a força compradora e o otimismo do mercado em relação ao ciclo atual.”
“Esse rompimento de máxima histórica demonstra a continuidade da tendência de alta de médio e longo prazo, movimento que já vinhamos destacando, baseado na manutenção de suporte do preço acima de um importante indicador técnico de suporte, a Média Móvel de 21 semanas (linha roxa no gráfico abaixo), afirma o analista da Crypto Investidor.
Com consolidação nesse novo patamar histórico acima dos US$ 120.000, o preço do Bitcoin projeta como próximos alvos a região entre US$ 150.000 e US$ 170.000, segundo Pohl, desde que o suporte em US$ 112.000 seja preservado em uma eventual correção.
Caso o Bitcoin perca a sustentação nessa região de forma contundente, “o preço poderá recuar para testar novamente a faixa dos US$ 100.000, região que se configura como o próximo grande suporte dentro da estrutura de alta atual”, conclui o analista.
Apesar do otimismo momentâneo, uma análise baseada em um modelo de inteligência artificial previu que é improvável que o Bitcoin alcance níveis mais altos de preço ainda em outubro.