Resumo da notícia
Brasil se torna referência global ao unir IA, Pix e blockchain em um ecossistema financeiro integrado e acessível.
Regulação e inovação avançam juntas, atraindo exchanges e projetos internacionais para o país.
Tokenização e pagamentos instantâneos prometem revolucionar o uso de criptomoedas no dia a dia dos brasileiros.
O Brasil está se consolidando como um dos mercados mais promissores da criptoeconomia global. Com uma população altamente digitalizada e uma das regulações mais avançadas do mundo, o país atrai agora a Coins.xyz, exchange internacional que aposta na integração entre inteligência artificial, Pix e blockchain como base da próxima revolução financeira.
A empresa, que já transformou o acesso a serviços financeiros nas Filipinas, decidiu lançar operações no Brasil pela combinação de tecnologia, regulação e apetite por inovação.
“Vemos um público aberto a novas soluções e com forte adesão ao Pix. É um terreno fértil para criar produtos que unam praticidade e segurança”, afirmou a companhia em entrevista.
Além de oferecer compra e venda de criptomoedas, a Coins.xyz pretende introduzir produtos com integração direta ao Pix, tornando possível usar cripto tanto como investimento quanto como meio de pagamento no cotidiano.
“Queremos que enviar criptomoedas seja tão simples quanto mandar uma mensagem no celular”, destacou a empresa.
A exchange também vê grande potencial nos Real World Assets (RWAs), ou ativos do mundo real tokenizados. Para a empresa, ações, imóveis e créditos de carbono podem impulsionar uma nova fase do mercado, superando até o valor de capitalização do Bitcoin no médio prazo. “O Brasil é pioneiro nesse campo, e queremos participar ativamente desse movimento”, diz a nota.
Nos próximos dois anos, a Coins.xyz prevê um sistema financeiro híbrido, combinando CBDCs, stablecoins privadas e protocolos públicos como o Ethereum. Essa convergência, somada à inteligência artificial e ao uso massivo do Pix, deve transformar a forma como brasileiros lidam com dinheiro digital.
Confira a entrevista completa
Brasil no centro da transformação financeira
Cointelegraph Brasil (CTBR): Por que a Coins.xyz escolheu lançar no Brasil e quais produtos pretende oferecer como diferencial?
Coins.xyz: O Brasil é hoje um dos mercados mais promissores para a criptoeconomia, tanto pelo volume de investidores quanto pela maturidade regulatória e pela forte adesão a meios digitais de pagamento, como o Pix.
Decidimos lançar no país porque enxergamos uma combinação única: um público altamente digitalizado e aberto a inovações, somado a uma demanda crescente por soluções seguras e acessíveis.
Nosso diferencial será oferecer produtos que unem praticidade e sofisticação tecnológica, sempre com foco em segurança, transparência e experiência do usuário. Além das funcionalidades tradicionais de compra e venda de criptoativos, teremos soluções pensadas para o público brasileiro, como integração com Pix e produtos que conectam diretamente o mercado cripto às finanças tradicionais.
Outra vantagem competitiva é o Launchpool, que permitirá que os clientes recebam airdrops de tokens recém-listados em Coins.xyz. Os clientes podem se qualificar para receber Airdrops bloqueando tokens (USDT, ETH etc.) por um curto período.
A experiência da Coins.xyz nas Filipinas, onde fomos pioneiros em levar serviços financeiros digitais a milhões de pessoas, nos mostrou como mercados emergentes são laboratórios de inovação.
No Brasil vemos um cenário muito semelhante: população jovem, digitalizada e aberta a novas tecnologias. É por isso que escolhemos o país como próximo passo estratégico, trazendo nossa bagagem internacional para criar soluções adaptadas ao mercado local.
Finanças conectadas
CTBR: Como a Coins.xyz vê seu papel em um ecossistema onde blockchain, cripto e finanças tradicionais estão cada vez mais interconectados?
Coins.xyz: Acreditamos que nosso papel é ser uma ponte confiável entre dois mundos: o da inovação descentralizada e o das finanças tradicionais. Não vemos blockchain e finanças tradicionais como concorrentes, mas como partes complementares de um novo ecossistema econômico. Nosso compromisso é democratizar o acesso a esse futuro, trazendo usabilidade e compliance como pilares centrais.
Nas Filipinas, fomos capazes de transformar a forma como milhões de pessoas acessam pagamentos digitais e serviços financeiros. Essa trajetória nos dá clareza sobre o nosso papel: construir pontes entre blockchain e finanças tradicionais. No Brasil, queremos repetir esse movimento, sempre respeitando o contexto regulatório e as demandas locais.
CTBR: A exchange pretende atuar também no mercado de produtos que ligam cripto às finanças tradicionais, como cartões cripto ou pagamentos via Pix?
Coins.xyz: Sim. O Brasil tem mostrado que soluções de integração, como o pagamento via Pix usando criptomoedas, têm enorme potencial de adoção. Nossa visão é justamente facilitar o dia a dia do usuário, permitindo que ele utilize cripto não apenas como investimento, mas também como meio de pagamento e participação em um ecossistema mais amplo.
Cartões cripto e integrações com Pix estão no nosso roadmap e serão anunciados conforme avançarmos com parcerias estratégicas no país.
Assim como nas Filipinas, onde ajudamos a popularizar pagamentos digitais, acreditamos que no Brasil há um enorme potencial em soluções como o Pix aliado a cripto. Queremos tornar essa experiência tão simples quanto enviar uma mensagem no celular.
Regulamentação
CTBR: Como a empresa vê o desenvolvimento da regulamentação no Brasil que pretende classificar stablecoins como câmbio?
Coins.xyz: Consideramos positiva a discussão sobre a regulamentação das stablecoins. O Brasil está à frente em termos de clareza regulatória, e isso dá mais segurança ao mercado.
Ao classificar stablecoins como operações de câmbio, o Banco Central reforça a importância desses ativos no sistema financeiro. Para nós, o mais relevante é que as regras tragam previsibilidade, protejam os consumidores e estimulem a inovação.
CTBR: Como a exchange avalia as propostas do Banco Central nas Consultas Públicas?
Coins.xyz: As Consultas Públicas têm mostrado abertura ao diálogo e transparência por parte do regulador. Acreditamos que esse processo é essencial para criar normas que sejam, ao mesmo tempo, protetivas e inovadoras. Estamos acompanhando de perto e contribuindo com insights técnicos e de mercado para apoiar a construção de uma regulação que permita o crescimento sustentável do setor no Brasil.
CTBR: Com CBDCs avançando, Swift testando Ethereum e os EUA defendendo stablecoins, como a exchange enxerga esse cenário para os próximos 2 anos?
Coins.xyz: O que vemos é a consolidação da infraestrutura blockchain como parte integrante do sistema financeiro global. CBDCs, stablecoins e até o uso de redes públicas como o Ethereum em sistemas críticos mostram que a descentralização já é inevitável.
Nos próximos dois anos, acreditamos que o mercado estará muito mais interoperável, com soluções híbridas entre bancos centrais, stablecoins privadas e protocolos de blockchain. Nesse cenário, exchanges como a Coins.xyz terão papel fundamental em garantir acesso simples, seguro e regulado para os usuários.
CTBR: Sobre tokenização e RWAs, como vocês veem esse crescimento e pretendem atuar nesse mercado?
Coins.xyz: O mercado de Real World Assets (RWAs) tem um potencial transformador. Quando olhamos para a possibilidade de tokenizar ações, imóveis ou créditos de carbono, entendemos que o impacto pode, sim, superar o valor de mercado do Bitcoin em médio prazo.
O Brasil é pioneiro nesse campo, com projetos inovadores já em andamento, e queremos estar presentes nesse movimento. Nossa estratégia contempla o desenvolvimento de produtos de tokenização que conectem investidores a ativos reais de forma transparente e regulada, ampliando ainda mais as possibilidades de participação no ecossistema.
A experiência da Coins.xyz nas Filipinas nos mostrou que, quando há clareza regulatória e um ecossistema inovador, a adoção acelera rapidamente. O Brasil, que já é pioneiro em tokenização, tem todos os ingredientes para liderar esse movimento na América Latina — e nós queremos estar ao lado desse avanço.