Resumo da notícia:
Narrativas do shutdown e tarifaço de Trump não afetam criptomoedas.
Índice do medo em queda favorece explosão de ETFs de Bitcoin.
Altcoins se mantêm sob pressão de compra e acumulam até 618% em sete dias.
Na manhã desta terça-feira (7), o mercado de criptomoedas avançava a um market cap de US$ 4,26 trilhões (+0,6%). O Bitcoin (BTC) era transferido por US$ 124,3 mil (+0,3%) com 58,1% de dominância, ganância dos investidores (62%) e a maiorias das principais altcoins com ganhos de até três dígitos.
Em linhas gerais, a entrada de capital líquido no mercado cripto se correlacionava à indiferença dos investidores com as principais narrativas macroeconômicas, como o shutdown (paralisação) de serviços do governo dos Estados Unidos. O que refletia o impasse na aprovação do orçamento da gestão do presidente Donald Trump, que anunciou a tarifação de caminhões médios e pesados em 25%, importados de outros países a partir de 1º de novembro.
O movimento ascendente dos investidores de risco, ao qual as criptomoedas são associadas, também favoreceu novas máximas históricas de índices como S&P 500 e Nasdaq, historicamente associados ao desempenho do Bitcoin, encerrados em respectivos 6.740,28 (+0,36%) e 22.941,67 pontos (+0,71%). A alta foi impulsionada por um acordo entre a AMD e a OpenAI, que envolve fornecimento de chips de inteligência artificial (IA) à desenvolvedora do ChatGPT.
A alta das criptomoedas se mantinha na esteira do recuo a 16,52 pontos (-0,8%) do VIX, “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500. O que também ajudou a catapultar as entradas líquidas em fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em Bitcoin, US$ 1,21 bilhão, enquanto os ETFs de Ethereum (ETH) atraíram líquidos US$ 181,73 milhões, segundo dados da SoSoValue.
O mapeamento da Coinglass do mercado de Futuros de criptomoedas apontava alta a US$ 233,8 bilhões (+2,6%) no Interesse Aberto e avanço a US$ 322,1 bilhões (+34,3%) no volume de negociações. Já que a liquidação de traders alavancados de criptomoedas beirava US$ 355 milhões (+47,1%), com desvantagem para os ursos, já que a liquidação de posições vendidas (shorts) superava US$ 216 milhões ante US$ 138 milhões em posições compradas (longs).
A 53,82 pontos, o índice de força relativa (RSI) médio das criptomoedas mantinha as criptomoedas sob pressão compradora. O mapa de calor também destacava diversos tokens nas zonas de forte compra ou sobrecompra e de forte venda ou sobrevenda. Na primeira faixa, mais sujeita à correção, estavam tokens como BNB, ETH, FARTCOIN, CAKE, SOON, EIGEN, S, W, USELESS, API3, ZETA, MUBARAK, TST, BANK, KOMA, EDU, REZ, TST, LISTA. No outro extremo, mais sujeito a reversão, estavam tokens como HYPE, AVAX. XRP, UNI, LTC, FET, ATOM, BERA, AVNT, MYX, BARD, 2Z, EDEN, ZKC, AEMO, WINE, LIGHT, XTZ, AEVO, NOM, FUN, LUMIA.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado, estava recuado a 58 pontos. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o ZEC recuava a US$ 145,4 (-11,4%) com alta acumulada semanal de 126%, o SPX se retraía a US$ 1,51 (-6,5%) com avanço de 56,6% em sete dias, o HYPE era negociado por US$ 46,18 (-4,6%), o 2Z era transacionado por US$ 0,46 (-2,4%), o MNT representava US$ 2,35 (+9,4%), o MYX chegava a US$ 5,96 (+8,5%), o S estava avaliado em US$ 0,29 (+8,2%) e o TAO se equiparava a US$ 347,16 (+7,4%).
Quanto às altas de dois a três dígitos percentuais, o CAKE era transferido por US$ 4,10 (+12,5%) com avanço de 63% em sete dias, o XPL chegava a US$ 0,97 (+12,3%), o TRAC se convertia em US$ 0,49 (+20%), o STRK ornitava US$ 0,17 (+15%), o USELESS era negociado por US$ 0,27 (+12,8%), o PLUME representava US$ 0,11 (+12%), o NMD estava cotado a US$ 48,28 (+171,5%) com alta acumulada semanal de 618% e o ALEO pareava US4 0,40 (+23,5%).
Entre as novas listagens estavam XAN na Bithumb, DOOD na Upbit, PALU na BitMart, PIPE na Kucoin, RARE e ZBCN na Biconomy, LINE e 2Z na Coinbase, B2 na Kraken.
No dia anterior, as criptomoedas prolongaram rali em até 1.200% com nova máxima histórica do Bitcoin, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.