Alec’s Ice Cream
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Fazer um esforço extra para obter os melhores ingredientes possíveis por trás de uma marca que ressoa e regenera. É isso que Alec’s Ice Cream, a crescente marca de sorvetes regenerativos e laticínios A2, informou nesta semana ao anunciar que levantou US$ 11 milhões (R$ 61 milhões na cotação atual) em sua rodada de financiamento Série A, liderada pela Imaginary Ventures.
O fundador e CEO Alec Jaffe, um ex-jogador de futebol americano universitário que se lembra de fazer sorvete desde criança, está agora nos estágios mais formativos de transformar uma encantadora startup na empresa de sorvetes mais amada desta geração.
A Alec’s, com sede em Petaluma, Califórnia, se destacou quando se apresentou com potes indulgentes em 2021. O crescimento constante disparou quando as Culture Cups, a novidade em porção individual com mais elementos funcionais, foram lançadas no início de 2025, iniciando um novo capítulo definidor do negócio que os investidores tiveram dificuldade em ignorar.
“Agora estamos pegando essa empolgação orgânica e impulsionando-a,” diz Jaffe. Firme em sua missão de obter leite A2 e ingredientes desses lácteos regenerativos da mais alta qualidade, Jaffe vai muito além de fazer um produto singular, mas mostra como as escolhas na maneira como utilizamos nosso sistema alimentar podem criar uma mudança duradoura no campo.
“Quero mostrar que é possível construir uma marca que pode ser distribuída em milhares de lojas e se tornar uma líder na categoria, ao mesmo tempo em que fortalece sua cadeia de suprimentos seguindo valores alinhados à missão,” diz Jaffe.
Uma marca que ressoa
O negócio da Alec’s Ice Cream disparou com o lançamento da Culture Cup, os copos de sorvete à base de leite A2 de vacas alimentadas com capim, saudável para o intestino, com baixo teor de açúcar e cerca de metade das calorias dos potes por porção, tudo coberto com sua característica casquinha de chocolate.
De alguma forma, a Culture Cup, em sabores como Peanut Butter Cup e Chocolate Covered Strawberry, tem um gosto muito distante de uma sobremesa preocupada com a saúde. A Alec’s mostra o que significa ser os dois, também um deleite que satisfaz o paladar do consumidor.
A Alec’s não é mais conhecida apenas por seus potes de espírito livre, mas sua presença expandida em todo o setor de sobremesas congeladas aumenta o valor da marca em geral.
“As Culture Cups estavam esgotando instantaneamente em todo o país,” Jaffe diz. “Elas são aditivas à sua rotina diária de bem-estar, enquanto os potes dão essa permissão para realmente se permitir.”
A Culture Cup mergulha mais fundo na narrativa geral da Alec’s Ice Cream em torno da saúde intestinal e reescreve uma narrativa expirada sobre laticínios. “As pessoas estão começando a adotar os mesmos padrões de ingredientes em seu sorvete que teriam para outros produtos de origem animal,” Jaffe diz. “Os laticínios estavam em uma tendência estável a negativa por um tempo. Mas este ano, decolou e os laticínios voltaram a ser a coisa mais legal.”
O leite A2 orgânico, de vacas alimentadas com capim, que é mais fácil para a absorção, está no cerne de todos os produtos da Alec’s, mas a Culture Cup inclui adição de pré e probióticos vivos.
“Os prebióticos preparam o terreno para que os probióticos tenham um ambiente saudável e sejam o combustível para aquelas bactérias ativas e saudáveis em seu sistema,” Jaffe explica.
As Culture Cups provaram ressoar entre dados demográficos e ocasiões de consumo. “As pessoas as estão consumindo como um lanche da tarde,” Jaffe diz. “A amplitude de avós a mães que querem um pequeno agrado para seus filhos tem sido uma surpresa agradável.”
O negócio, que agora com 14 sabores de potes (incluindo uma nova colaboração permanente de Pistachio Crunch com azeite de oliva Graza) e cinco sabores de Culture Cup, e mais a caminho, está agora triplicando os pedidos em relação ao ano passado, segundo Jaffe. A Alec’s está capitalizando o momento tangível e dobrará seus esforços de marketing.
As operações gerais da Alec’s agora sentirão algum alívio com o novo aumento, embora agora tenha um caminho totalmente aberto para conquistar a categoria de sorvetes. “O que Alec fez em uma categoria inchada é incrivelmente admirável. Isso o levou a ter o direito de construir algo como a Culture Cup,” diz Logan Langberg, sócio da Imaginary Ventures, sobre seu investimento. “Consigo ver um negócio de um bilhão de dólares em receita.”
Uma marca que vende
Langberg notou a explosão da Culture Cup no TikTok, o que o levou a entrar em contato com Jaffe, culminando na contribuição majoritária da Imaginary para esta rodada de financiamento. Langberg agora também é membro do conselho da Alec’s Ice Cream.
A Alec’s levantou um total de US$ 4 milhões (R$ 22,1 milhões) antes desta rodada, o que foi usado principalmente para dar início às operações após assumir uma fábrica desativada e acertar a novíssima cadeia de suprimentos que Jaffe criou.
Agora, a marca provou que tem poder de permanência, encaixando-se no objetivo da Imaginary de “encontrar marcas que estão realmente tocando a cultura pop, o zeitgeist, e que têm emoção e estimulam o desejo real,” diz Langberg. “Tínhamos uma tese muito específica sobre opções de sobremesas mais saudáveis e de nova era.”
A Alec’s agora se senta em um portfólio que varia do gigante da beleza Glossier e Skims de Kim Kardashian até os molhos Ayoh! de Molly Baz e a cerveja Bero NA de Tom Holland.
“Estamos fazendo muito do ponto de vista do produto e da missão,” diz Jaffe. “A Imaginary será realmente útil para elevar essa mensagem.”
A Culture Cup é um ponto de inflexão para a Alec’s que foi difícil de ignorar até mesmo para o consumidor médio. Este novo financiamento ajudará a mantê-las estocadas nas prateleiras das lojas. “Elas estavam ficando vazias em quase todos os negócios onde víamos uma compreensão imediata de que a prova de conceito estava funcionando,” Langberg diz. “O formato de porção individual é realmente inovador. Você não vê isso neste espaço, você não está binging [consumindo em excesso] como ocorre com muitas outras sobremesas congeladas.”
Esses desejos do consumidor estão influenciando o capital altamente demandado. “Há uma mudança macro massiva com o bem-estar,” diz Langberg. “Mudanças nas dietas, formas de viver; é por isso que alguns dos investimentos mais recentes da Imaginary têm sido em alimentos e bebidas.”
A Alec’s também se alinhou com a Great Circle Ventures, que tem um foco maior em marcas de consumo com a missão de criar mudanças ambientais por meio da alimentação. A Great Circle contribuiu para a rodada de financiamento anterior, logo antes do lançamento da Culture Cup.
“Nossa convicção era tão alta que não fazia sentido esperarmos,” diz o fundador da Great Circle, Jacob Afriat. “Você vira o rótulo e vê que é bom para o seu intestino, mas, ao mesmo tempo, é bom para o planeta e ainda é indulgente. Faz muito sentido.”
A atração dos investidores pela Alec’s é um reflexo do negócio multifacetado que Jaffe criou, que está ressoando profundamente com os compradores do dia a dia. “Às vezes, os consumidores são apenas atraídos pela marca. Pode ser que eles estejam entusiasmados apenas com o A2, ou apenas com o ângulo de sustentabilidade. Não importa,” Afriat diz. “No final das contas, as pessoas querem mais disso.”
Uma marca que regenera
O modelo de negócios que Jaffe criou com a Alec’s Ice Cream é um exemplo de como a maneira que cultivamos nossos alimentos pode ser o veículo definitivo para mudar fundamentalmente o planeta. Se a agricultura regenerativa fosse amplamente implementada, poderíamos ver um impacto positivo significativo nas funções do ecossistema. É preciso pequenos passos, como o que a Alec’s está fazendo, para escalá-lo.
A Alec’s obtém ingredientes certificados como Fair Trade, Carbon Neutral e Regenerative Organic Certified como açúcar de cana não refinado. Mas esses novos fundos também estão contribuindo para ajudar os produtores rurais a fazer a transição de fazendas convencionais para aquelas que implementam práticas regenerativas.
Desde que passou a precisar de mais leite, Jaffe foi em busca de fazendas que se encaixassem em seus altos critérios para os laticínios A2 orgânicos, de vacas alimentadas com capim e regenerativos. Quando não conseguiu encontrá-las, figurativamente, ele as fez, criando o mercado para que pudesse encorajar os pecuaristas a implementar essas práticas e vender seus laticínios.
Agora, essas fazendas, quatro no total, são Verificadas Regenerativas pela Land to Market, que mede dados do solo com base principalmente em operações de pastoreio. Todo produto com o selo Land to Market contou com dados do solo da fazenda, verificados por meio do processo de Verificação de Resultado Ecológico do Savory Institute.
“Muitos consumidores veem apenas a ponta do iceberg. A Land To Market verifica cada etapa da cadeia de suprimentos,” diz o CEO Felipe Urioste, que também é agrônomo. “[A verificação] é uma ferramenta para dar aos produtores rurais mais informações sobre suas terras para que possam tomar melhores decisões aumentando a rentabilidade dessas economias rurais.”
A Alec’s não obtém laticínios de um fornecedor genérico, mas diretamente dessas fazendas que estão criando um resultado positivo líquido ao pastorear o gado de forma sustentável. O aumento da demanda é um aspecto da agropecuária regenerativa no qual o consumidor pode desempenhar um papel ativo. Quando se compra qualquer produto Alec’s Ice Cream, é para lá que parte do dinheiro do consumidor está indo.
O programa da Land to Market auxilia as fazendas com planos de pastejo holístico para evitar o sobrepastoreio, sem serem alimentadas com grãos, para o resultado final de melhor saúde do solo.
“Você está movendo as vacas pela pastagem e não permitindo que elas comam o capim até a raiz,” Jaffe explica. “Uma vez que se faz isso, o capim pode criar raízes profundas e com esse efeito de sumidouro de carbono no solo.”
O sequestro de carbono da atmosfera é um benefício significativo da pecuária regenerativa. O confinamento, exceto em caso de mau tempo, é proibido nas fazendas verificadas pela Land to Market. Essas fazendas exigem verificações anuais que mostrem melhoria positiva na função do solo. “A terra mostra que estão sequestrando mais carbono, retendo mais água, aumentando a biodiversidade, há dinâmicas comunitárias entre microrganismos e toda a fauna,” diz Urioste. “Estamos verificando o que a terra está nos dizendo.”
E, no final das contas, é possível desfrutar dos laticínios supremos. “Se temos plantas saudáveis que estão produzindo mais folhas, o animal está comendo alimentos mais saudáveis, capim saudável, animais saudáveis, produção saudável claro que terá um sabor melhor”, diz Urioste.
Cerca de 4 milhões de hectares de terra em todo o mundo são Verificados Regenerativos pela Land to Market e cerca de 100 marcas obtêm ingredientes, de carne bovina a laticínios, dessas fazendas. Urioste, Afriat e Langberg compartilham o mesmo sentimento sobre a Alec’s de que suas parcerias foram uma escolha óbvia. Afriat diz: “Se virmos uma marca de sucesso como esta, isso incentivará novas marcas a serem lançadas neste setor.” Liderar pelo exemplo é o incentivo necessário para que mais agricultores adotem práticas regenerativas.
Jaffe diz se orgulhar profundamente do ápice dos padrões de qualidade que ele mantém para seus produtos e da missão de sua marca. “É algo que precisamos fazer se quisermos ser capazes de obter este tipo de leite,” Jaffe diz. “Se você não está vendo isso no mundo, pode simplesmente aceitar o que está lá ou pode fazer acontecer e criar a mudança que quer ver.”






