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sábado, outubro 18, 2025

Ibovespa fecha em queda com piora no exterior e sem apoio de Petrobras e Vale

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Em um pregão de instabilidade em Wall Street, o Ibovespa acompanhou o exterior e oscilou entre perdas e ganhos até encerrar em queda de 0,28%, aos 142.200 pontos. No começo do dia, pesou a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que acolheu um recurso do governo federal e suspendeu, de forma temporária, a exigência de que o Executivo mire o centro da meta fiscal ao contingenciar recursos do Orçamento.

O Ibovespa chegou a apresentar um respiro no começo da tarde, com uma melhora no exterior, mas devolveu a alta e voltou a ceder, acompanhando a piora das bolsas americanas. Segundo gestores, o movimento mais negativo em Wall Street foi amplificado por uma redução do apetite por risco no exterior, em meio a preocupações sobre o mercado de crédito americano. Na mínima do dia, o índice brasileiro chegou a tocar os 141.446 pontos, distante da máxima de 143.191 pontos.

O movimento mais negativo de blue chips de commodities e de alguns papéis de bancos também ajudou a ampliar as perdas do índice durante a sessão. No fim do dia, as PN da Petrobras cederam 1,01%, em linha com a queda nos preços de petróleo, enquanto as ON da Vale recuaram 0,92%. Entre os bancos, as units do BTG Pactual tiveram perdas de 3,50%, ao passo que as ON do Banco do Brasil registraram leve recuperação, ao subir 0,25%.

De acordo um gestor, que não quis se identificar, o movimento mais negativo visto durante a tarde em Nova York foi provocado por fatores técnicos. “A impressão é que o índice futuro do S&P 500 chega perto dos 6.800 pontos e os investidores começam a reduzir posição. Como esse movimento acabou ficando “limitado” nesse nível de preço, os CTAs [fundos automatizados que tem estratégias baseadas em tendências] acabaram reduzindo posição também, o que ampliou o movimento.”

Apesar de as questões fiscais terem retornado ao centro do debate nos últimos dias, a dinâmica global deve seguir guiando os ativos domésticos até o fim deste ano, especialmente o Ibovespa, avalia o CIO do ASA, Rogério Freitas.

“Se a gente olhar a variação diária, pode ter um dia ou outro em que os ativos locais se descolam dos globais, mas ao olhar numa janela um pouco maior, eu digo semanas ou meses, a correlação [com o exterior] está muito grande”, aponta o executivo.

Freitas afirma que ainda está muito cedo para falar sobre as eleições de 2026, e que por isso o investidor doméstico está esperando para se posicionar. Nesse sentido, o rali da bolsa brasileira tem sido sustentado pelo estrangeiro, aponta o profissional. Para ele, o alocador global percebeu que o momento é mais favorável para emergentes neste ambiente de dólar fraco, favorecendo ativos de risco fora dos Estados Unidos.

“Acho que a partir do primeiro trimestre do ano que vem, não só os agentes domésticos, mas os agentes estrangeiros, começarão a olhar mais para o Brasil pelos fatores idiossincráticos”, diz o executivo do ASA.

Entre as maiores quedas na sessão ficaram os papéis da Magazine Luiza, que cederam 7,97%, em dia de alta dos juros futuros mais longos. Já na ponta contrária, as ações da WEG avançaram 2,70%, após anunciar a assinatura de acordos vinculantes para comprar aproximadamente 54% do capital social da Tupinambá Energia, a Tupi Mob. O investimento total é de R$ 38 milhões, sujeito a ajustes usuais em operações desse tipo.

O volume financeiro negociado do Ibovespa foi de R$ 14,2 bilhões e de R$ 20,9 bilhões. Já em Wall Street, os principais índices encerraram em queda: o Dow Jones recuou 0,65%; o S&P 500 cedeu 0,63%; e o Nasdaq teve perda de 0,47%.

[Fonte Original]

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