Paxos emite 300 trilhões de ‘dólares cripto’ e depois ‘queima’ o valor

Pouco mais de 20 minutos depois, todos os tokens foram destruídos. A Paxos enviou os ativos recém-criados a um endereço inacessível, procedimento conhecido como “queima”. O movimento eliminou completamente a emissão.

Na rede social X (Twitter) a Paxos explicou que a emissão foi um erro que partiu de uma transferência interna. “A Paxos identificou imediatamente o erro e queimou o excesso de PYUSD”, garantiu a empresa.

“Tratou-se de um erro técnico interno. Não há violação de segurança. Os fundos dos clientes estão seguros. Já solucionamos a causa raiz”, acrescentou o perfil oficial.

Maior que o mundo cripto inteiro

Os registros públicos do blockchain da Ethereum mostram que a emissão e a destruição ocorreram de forma sequencial e transparente, o que permitiu rápida identificação do episódio por usuários e analistas.

Durante alguns minutos, o PYUSD tornou-se, tecnicamente, a maior stablecoin do mundo, superando em volume o Tether (USDT) e o USD Coin (USDC). Em seguida, a operação de queima extinguiu integralmente os 300 trilhões de tokens.

O montante, ainda que sem impacto financeiro real, chamou atenção pela magnitude. O valor total de todos os ativos digitais existentes gira em torno de US$ 3,9 trilhões, de acordo com o CoinGecko.

Fundada em Nova York, a Paxos Trust Company é uma fintech especializada em infraestrutura blockchain e custódia de ativos digitais.

A companhia é conhecida por manter parcerias com grandes players do setor financeiro. Além da PayPal, tem acordos com Mastercard e Nubank. Também oferece serviços de liquidação e custódia baseados em blockchain para bancos e gestoras.

A Paxos foi a emissora do BUSD, stablecoin criada em parceria com a Binance em 2019, que chegou a ocupar a terceira posição no ranking global de stablecoins. O token perdeu tração após restrições regulatórias impostas nos Estados Unidos em 2023.