Resumo da notícia
Bitcoin amanhece cotado a R$ 581.810,48, com queda de 3% após perder o suporte dos US$ 110 mil.
Saídas de ETFs e paralisação do governo americano aumentam o medo e travam o mercado.
Analistas apontam que o suporte de US$ 107,5 mil é decisivo para evitar novas quedas.
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Preço do Bitcoin ao Vivo
7h
André Franco, CEO da Boost Research
O índice MSCI da Ásia-Pacífico (ex-Japão) subiu cerca de 0,94%, atingindo o nível mais alto em 4,5 anos. Apesar de persistirem preocupações com riscos bancários nos EUA e o prolongado shutdown, o sentimento de risco foi impulsionado positivamente. Já o Bitcoin, cotado em aproximadamente US$ 110.400, tem uma expectativa de curto prazo moderadamente positiva.
A melhora nas perspectivas de comércio global eleva o apetite por risco, o que beneficia o Bitcoin. No entanto, a magnitude das valorizações pode ser limitada, pois parte desse cenário já vinha sendo precificada. Espera-se que o Bitcoin oscile entre US$ 107.000 e US$ 113.000, com possibilidade de teste da resistência próxima a US$ 115.000 se os sinais comerciais e de liquidez permanecerem favoráveis.
6h10
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta terça-feira, 21/10/2025, está cotado em R$ 581.810,48. O preço do BTC abre o dia com uma queda de 3%, voltando para US$ 107 mil e frustando os traders que acreditavam em um teste em US$ 115 mil.
Com a queda, o total de capitalização do mercado cripto caiu para US$ 3,64 trilhões, acompanhando a correção liderada pelo Bitcoin e pelo Ethereum, que recuou para US$ 3.850. Tokens como Solana, BNB e XRP também operaram em queda, negociados a US$ 184, US$ 1.068 e US$ 2,42, respectivamente.
Por que o preço do Bitcoin caiu hoje?
“A queda, embora moderada, reflete uma combinação de fatores que vão desde saídas de fundos institucionais até incertezas políticas nos Estados Unidos e sinais técnicos de enfraquecimento no curto prazo”, destacou Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin.
Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR, aponta que o movimento é resultado de um triplo impacto: vendas institucionais intensas, bloqueio regulatório causado pela paralisação do governo americano e ruptura de suportes técnicos importantes. O conjunto desses elementos fez o Bitcoin perder fôlego após semanas de alta.
O primeiro e mais relevante fator vem dos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, que registraram saídas líquidas de US$ 40,4 milhões no dia 20 de outubro. Foi o quarto dia consecutivo de resgates, elevando o total de retiradas para mais de US$ 1 bilhão desde 17 de outubro, segundo dados da CoinJournal.
O fundo da BlackRock (IBIT) sozinho teve US$ 100,7 milhões em saídas, sinalizando realização de lucros entre investidores institucionais após o ativo bater US$ 126 mil no início do mês. A redução no fluxo desses fundos pressiona a demanda, que vinha sustentando o preço desde a aprovação dos ETFs em 2024.
“A continuidade das saídas de ETFs reduz o apetite institucional e reforça o sentimento de cautela no mercado”, explicou um analista da 21Shares.
De acordo com ele, a reversão desse movimento depende diretamente da resolução do impasse político nos EUA, que bloqueia novas aprovações de produtos financeiros baseados em criptomoedas.
A paralisação do governo dos Estados Unidos, em vigor desde 1º de outubro, paralisou parte das operações da SEC, o órgão regulador responsável por aprovar novos ETFs. Mais de 90 pedidos estão congelados, incluindo propostas de fundos de Solana, XRP e Avalanche.
O impasse regulatório gerou temor entre traders e fundos de investimento, levando o Índice de Medo e Ganância das criptomoedas a cair para 33 pontos, zona classificada como “medo extremo”. A dominância do Bitcoin subiu para 58,9%, indicando que investidores estão recuando para ativos considerados mais seguros, mas sem aumentar posições.
Além disso, os contratos perpétuos de Bitcoin registraram funding rates negativos (-0,0035%), um sinal de que o mercado de derivativos está majoritariamente posicionado em queda, com traders apostando em novas correções.
E agora, para onde vai o preço do Bitcoin?
Do ponto de vista técnico, o Bitcoin perdeu suportes-chave que vinham sustentando a tendência de alta. O preço caiu abaixo da média móvel de 7 dias (US$ 109.287) e também da média de 30 dias (US$ 114.690), consolidando um padrão de reversão de curto prazo.
Os indicadores de força e momento também confirmam o cenário negativo. O RSI caiu para 44,1, enquanto o MACD se manteve em território de baixa (-1.964 contra -938 na linha de sinal). Essa combinação indica enfraquecimento do impulso comprador e aumento das ordens automáticas de venda.
O nível de US$ 107.500, testado três vezes nesta semana, é considerado o suporte mais importante do momento. Uma quebra abaixo desse ponto pode acionar vendas algorítmicas e empurrar o preço para US$ 105.000. Por outro lado, a média móvel de 200 dias (US$ 107.900) ainda oferece defesa técnica e pode servir como base para uma recuperação.
A tendência de curto prazo continua frágil, mas analistas ressaltam que o Bitcoin não perdeu sua estrutura de alta de longo prazo. Caso o governo americano chegue a um acordo para retomar suas operações, o mercado pode ver um retorno do fluxo institucional e uma recuperação rápida.
Bitcoin análise técnica
De acordo com o analista Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN, o mercado monitora de perto se o Bitcoin conseguirá reconquistar a faixa dos US$ 110 mil, um ponto técnico decisivo. Abaixo desse nível, a região de US$ 105 mil se tornou o principal suporte, seguida de US$ 100 mil, considerado o ponto de defesa estrutural.
“O mercado está em uma fase delicada. A absorção institucional tem evitado uma queda desordenada, mas com os ETFs negativos e as vendas persistentes de longo prazo, o lado positivo está limitado”, concluiu Misir. “Os traders devem operar com disciplina, pouco alavancados e proteger suas posições.”
Fadi Aboualfa, chefe de pesquisa da Copper, aponta que a queda pode se estender e testar o nível de suporte de US$ 100 mil.
US$ 100.000 é o limite desta semana; ele se alinha com a média de 52 semanas e representa um suporte estrutural fundamental. Mantenha-se acima desse valor e o Bitcoin poderá recuar para US$ 120.000-125.000 até o final do mês, recuperando a maior parte da recente queda.
Já o analista Manish Chhetri, indica que se o BTC continuar sua correção, ele poderá cair em direção à retração de Fibonacci de 61,8%, em US$ 106.453.
O Índice de Força Relativa (RSI) no gráfico diário marca 40, abaixo do nível neutro de 50, indicando que o momentum de baixa está ganhando força. A Convergência e Divergência das Médias Móveis (MACD) também apresentou um cruzamento de baixa na semana passada, que permanece em vigor, reforçando ainda mais a visão de baixa.
Portanto, o preço do Bitcoin em 21 de outubro de 2025 é de R$ 581.810,48. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 21 de outubro de 2025, são: Floki (FLOKI) Zcash (ZEC) e Sky (SKY) com altas de 5%, 3% e 2% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 21 de outubro de 2025, são: EtherFi (ETHFI), Artificial Superintelligence Aliance (FET) e Mantle (MNT) , com quedas de -11%, -10% e -9% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente – cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado “corrente de blocos” (block – bloco, chain – corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Toda decisão de investimento e negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa antes de tomar uma decisão.