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quinta-feira, outubro 23, 2025

Milei e Melania Trump foram “iscas” para fraude de memecoins, diz processo

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Uma nova ação coletiva retrata o fundador da Meteora, Benjamin Chow, como o mentor por trás das notórias memecoins Libra e Melania, e afirma que as figuras públicas envolvidas — a primeira-dama Melania Trump e o presidente argentino Javier Milei — que promoveram esses tokens não são culpadas pelos supostos “crimes” relacionados aos “tokens fraudulentos”.

As alegações fazem parte dos documentos mais recentes do processo Hurlock v. Kelsier Ventures, uma ação coletiva de fraude e extorsão que lista a Meteora, Chow e outros como réus. A queixa se concentra especificamente no lançamento de cinco tokens, sendo o LIBRA, promovido por Milei, e o MELANIA, ligado a Trump, os mais conhecidos entre eles.

“Os réus pegaram emprestada a credibilidade de figuras ou temas do mundo real — como a moeda ‘oficial Melania Trump’ (MELANIA) e a moeda ‘renascimento argentino’ (LIBRA), ligada ao presidente Javier Milei”, diz o processo. “Essas faces e marcas foram usadas como adereços para legitimar o que na realidade era uma armadilha de liquidez coordenada. Os autores não alegam que essas figuras públicas fossem culpadas; elas foram apenas a vitrine de um crime arquitetado pela Meteora e pela Kelsier.”

A primeira-dama promoveu, em janeiro, uma memecoin da Solana que usava seu próprio nome — apenas dois dias após seu marido, o presidente Trump, lançar seu token oficial. A MELANIA coin rapidamente disparou de valor, antes de despencar 99% nos meses seguintes, enquanto a equipe por trás do projeto liquidava silenciosamente seus tokens.

De forma semelhante, o presidente argentino Javier Milei promoveu o token LIBRA, apresentado como uma ferramenta para financiar pequenas empresas argentinas. O ativo também disparou de preço antes de cair 90% em poucas horas — e Milei logo apagou suas publicações. A empresa de análise on-chain Bubblemaps identificou uma ligação entre as carteiras usadas para lançar MELANIA e LIBRA, o que resultou na ação coletiva mencionada.

Em vez de culpar essas figuras públicas, os autores do processo afirmam que Chow estava “no centro da operação”. O documento alega que o negócio de formador de mercado automatizado da Meteora era completamente separado da “marca, infraestrutura e base de código” de Chow, usada para executar tokens do tipo “pump and dump”, que também operavam sob o nome Meteora.

“Chow reuniu um pequeno grupo de colaboradores de confiança: Ng Ming Yeow (“Ming”), cofundador da Meteora e da Jupiter; e a família Davis, atuando por meio da Kelsier Ventures (Hayden, Charles e Gideon Davis), para executar a fraude”, diz o processo. “Juntos, eles lançaram e promoveram pelo menos 15 tokens que seguiram o mesmo modelo; esta queixa detalha cinco deles.”

Hayden Davis, CEO da Kelsier Ventures, se viu no centro da controvérsia após conceder diversas entrevistas depois do colapso da LIBRA. No entanto, o novo processo afirma que Davis executou “pelo menos 15 lançamentos de tokens sob a direção de Chow” e que a empresa Kelsier atuava “de acordo com suas instruções”.

Chow renunciou à Meteora em fevereiro, quando começaram a surgir detalhes sobre os lançamentos das memecoins. Ele não respondeu aos pedidos de comentário feitos pela Decrypt via X ou Telegram.

Burwick Law, escritório de advocacia que representa os autores, disse por que acredita que Chow estava no centro da operação: a banca destacou capturas de tela privadas do Telegram em que Davis explicava estar trabalhando sob o comando de Chow.

Em agosto, no entanto, um juiz determinou que US$ 57,6 milhões em USDC associados à meme coin Libra fossem descongelados, alegando estar “cético” quanto à possibilidade de os autores vencerem o caso.

A Kelsier Ventures não respondeu ao pedido de comentário.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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[Fonte Original]

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