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Os contratos futuros do ouro encerraram esta quinta-feira (23) em forte alta, interrompendo uma sequência de duas sessões seguidas de depreciação. O ativo se beneficiou da renovação das tensões dos Estados Unidos com a China e a Rússia. O avanço expressivo do petróleo também deu suporte aos preços do metal precioso, tendo em vista que ambas as commodities são vendidas em cestas conjuntas.
Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos futuros de ouro com vencimento para o mês de dezembro encerraram em alta de 1,97%, a US$ 4.145,6 por onça-troy.
A confirmação de que Washington está considerando restringir exportações à China amplia as ameaças do presidente Donald Trump feitas no início do mês, levando os investidores a buscarem ativos seguros, como o ouro. Ainda assim, o republicano disse, ontem, que uma conversa com o presidente chinês, Xi Jinping, está “agendada”, o que amenizou parte dos temores no mercado. Os Estados Unidos também impuseram sanções ao petróleo russo, em resposta à continuidade da guerra na Ucrânia.
Mesmo diante da alta volatilidade no mercado de ouro nos últimos dias, comportamento que não condiz com ativos vistos como reservas de segurança, atores do mercado mantiveram visões positivas para o metal precioso neste e no próximo ano. O Goldman Sachs, por exemplo, reiterou a projeção de US$ 4,9 mil por onça-troy ao final de 2026 e com possibilidade de alta para a previsão.
Nos últimos dias, os estrategistas do Lombard Odier revisaram positivamente a projeção do ouro para o final do ano, em US$ 4,6 mil por onça-troy. Na visão do banco, a queda nos juros reais dos EUA, o aumento dos riscos geopolíticos e compras contínuas do metal por bancos centrais e ETFs (fundos negociados em bolsa) continuarão a dar suporte para o ativo.