Nas últimas semanas, surgiram vários casos de intoxicação por metanol, aquele produto tóxico que às vezes aparece em bebidas adulteradas. O Ministério da Saúde soltou uma nova atualização nesta sexta, 24 de outubro: já são 58 casos confirmados em diferentes estados. Outros 50 ainda estão sob investigação, e há quem tema que o número cresça. No meio disso tudo, 635 notificações foram verificadas e, por sorte, acabaram descartadas.
Além dos casos confirmados, o número de mortes causadas pela substância também chamou atenção. Até agora, foram 15 vítimas fatais. Os óbitos aconteceram em São Paulo (9), Paraná (6) e Pernambuco (6). Ainda há nove mortes sob apuração, com registros em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, além de novos casos nos estados já citados. Por outro lado, 32 mortes suspeitas foram descartadas após exames e perícia.
São Paulo lidera os registros e concentra o maior número de confirmações intoxicação por metanol
Entre todos os estados, São Paulo aparece com a maior quantidade de casos: são 44 confirmações e 14 investigações em andamento. Paraná e Pernambuco vêm logo depois, com seis e cinco casos confirmados, respectivamente. Já Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Tocantins têm um caso cada até o momento.
Esse aumento nos números acendeu o sinal de alerta em todo o país, principalmente em regiões onde bebidas são vendidas sem fiscalização adequada. Muitas vezes, elas circulam com rótulos falsificados ou sequer têm identificação. A origem duvidosa dificulta a fiscalização e coloca consumidores em risco real de contaminação.
O metanol é usado principalmente na indústria e não pode ser ingerido em hipótese alguma. Mesmo em pequenas doses, pode causar visão turva, dores de cabeça fortes, vômitos, confusão mental e, dependendo da gravidade, levar à cegueira permanente ou até à morte.
A recomendação é clara: evite qualquer bebida de procedência duvidosa. E caso surjam sintomas depois do consumo, o ideal é buscar atendimento médico o mais rápido possível. O tempo de resposta faz toda a diferença no tratamento.