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quinta-feira, outubro 30, 2025

Ibovespa Bate Recorde e Flerta com 149 Mil Pontos, Puxado por Vale e Bancos

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O Ibovespa renovou máximas históricas nesta quarta-feira (29), ultrapassando os 149 mil pontos pela primeira vez no melhor momento. O desempenho foi  puxado principalmente por Vale e bancos e referendado por decisão de juros do Federal Reserve (Fed).

O indicador brasileiro avançou 0,82%, a 148.632,93 pontos, após marcar 149.067,16 pontos na máxima e 147.429,63 na mínima do dia. O volume financeiro no pregão somou R$ 23,85 bilhões.

O banco central norte-americano correspondeu às expectativas e realizou mais um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros da maior economia do mundo, para a faixa de 3,75% a 4%. Além do corte de juros, o Fed anunciou que reiniciará compras limitadas de Treasuries após os mercados monetários mostrarem sinais de que a liquidez estava se tornando escassa, uma condição que a autoridade se comprometeu a evitar.

Na entrevista coletiva que se seguiu ao anúncio da decisão, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que autoridades do BC norte-americano estão lutando para chegar a um consenso sobre os próximos passos. Ainda firmou que os mercados não devem presumir outro corte no final do ano.

Em Wall Street, o S&P 500 renovou teto intradia, encostando em 7 mil pontos, mas acabou fechando estável, após sinalização mais cautelosa de Powell sobre a decisão de política monetária de dezembro.

De acordo com o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, não houve surpresa com a decisão do Fed. Porém, os comentários de Powell dissuadindo expectativas de que mais um corte em dezembro está garantido foram recebidos de forma negativa pelo mercado. “Ainda acreditamos que um corte de 0,25 (p.p.) é o mais provável, mas temos que reconhecer que Powell fez tudo o que pode para dizer que nada está garantido”, observou.

“De um lado, por enquanto, não está clara a magnitude do esfriamento no mercado de trabalho. De outro, não sabemos se os impactos do tarifaço vão eventualmente impactar a trajetória da inflação de forma mais contundente.”

Para completar, afirmou Igliori, tudo indica que as discordâncias entre os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed adicionam uma camada de incerteza sobre as perspectivas para a continuidade da política monetária nos EUA.

Na decisão anunciada nesta quarta-feira (29), o diretor Stephen Miran pediu novamente uma redução mais profunda nos custos dos empréstimos. Também o presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, defendeu nenhum corte, dado o patamar atual de inflação.

Câmbio

O dólar terminou o dia praticamente estável no Brasil, devolvendo as perdas vistas mais cedo. O movimento aconteceu depois que a decisão de política monetária do Federal Reserve, que colocou em dúvida novo corte de juros em dezembro, deu força à moeda norte-americana em todo o mundo.

O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,04%, aos R$ 5,3581. No ano, a divisa acumula queda de 13,29%. Às 17h08 na B3 o dólar para novembro, atualmente o mais líquido no Brasil, cedia 0,03%, aos R$ 5,3635. Até o início da tarde o dólar sustentou perdas ante o real e outras moedas de países emergentes, como o peso chileno, o rand sul-africano e o peso mexicano. Mas a decisão do Fed às 15h mudou o cenário.

O Fed cortou a taxa de referência em 25 pontos-base, para a faixa entre 3,75% e 4,00%, mas destacou os limites em seu processo de tomada de decisão, já que a paralisação do governo dos EUA reduziu o número de indicadores econômicos disponíveis.

A decisão desta quarta-feira também foi dividida: dez membros votaram pelo corte de 25 pontos-base, um membro defendeu redução maior e outro votou pela manutenção da taxa.

Em sua comunicação, o Fed também informou que vai encerrar a redução de seu balanço patrimonial de US$6,6 trilhões, em meio a evidências de que as condições de liquidez do mercado monetário começaram a ficar mais apertadas. A decisão, que já vinha sendo sinalizada pelo chair do Fed, Jerome Powell, representará a normalização da liquidez disponível.

O saldo da decisão do Fed e de sua comunicação foi o fortalecimento dos rendimentos dos Treasuries, em meio à percepção de que um novo corte de juros em dezembro não está garantido. Em entrevista coletiva, Powell reforçou essa percepção. Segundo ele, os membros do Fed estão lutando para chegar a um consenso sobre o que está por vir e os mercados financeiros não devem presumir que outro corte de juros ocorrerá no final do ano.

Nos mercados de moedas, isso se traduziu na alta do dólar ante boa parte das demais divisas, em movimento percebido também no Brasil. Após registrar a cotação mínima de R$ 5,3345 (-0,49%) às 12h08, o dólar à vista atingiu a máxima de R$ 5,3679 (+0,14%) às 16h13, já após a decisão do Fed e as declarações de Powell. No fechamento, se reaproximou da estabilidade.

No exterior, a moeda norte-americana seguia em alta no fim da tarde. Às 17h15 o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,53%, a 99,191.



[Fonte Original]

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