‘Temos que ter esforço ainda maior para cuidar do que a COP permitiu fazer neste Estado’, diz Lula no Pará

“Estejam certos de que Belém será outra cidade depois da COP. E aí temos que ter um esforço ainda maior, que é cuidar do que a COP permitiu que a gente fizesse neste estado, aqui nesta cidade. Estou muito otimista”, diz o presidente no vídeo publicado em seu perfil oficial. Lula estava acompanho do governador do Estado, Helder Barbalho, e de ministros do seu governo.

Pela manhã, Lula visitou as obras de modernização do Aeroporto Internacional de Belém e do Porto de Outeiro, que recebeu R$ 233 milhões em investimentos financiados pela Itaipu Binacional, usina hidrelétrica que pertence ao Brasil e ao Paraguai, localizada em Foz do Iguaçu (PR). Durante a COP30, dois navios de cruzeiros ficarão atracados no porto e funcionarão como unidades de hospedagem temporária para participantes do evento.

Na gravação, Lula também defende a escolha da capital paraense como sede da conferência climática da ONU. Ele destacou que o Brasil precisa “mostrar ao mundo que não é só o Sul do país, o Rio de Janeiro ou São Paulo”.

“Quem é que imaginava, há pouco tempo, um transatlântico, que carrega seis mil passageiros, atracando aqui? Ninguém. Estamos mostrando que é possível. As pessoas que não queriam que a gente trouxesse a COP para o Norte do país, para o Pará, porque não tinha estrutura: está aqui a estrutura. Isso aqui é a demonstração de que, quando há disposição política para fazer as coisas acontecerem e a gente tem capacidade de construir uma aliança entre os entes federados, governo federal, governos estaduais, governos municipais, e os interesses do povo brasileiro, a gente consegue fazer”, afirma Lula, no vídeo.

O petista afirmou ainda que o investimento em bioeconomia é “a coisa mais sagrada” para evitar o desmatamento e que o Pará pode ser a “porta de entrada” desse novo modelo de desenvolvimento. “Na medida em que você começa a dar ao povo o sentido econômico de que ele pode ter uma vida de qualidade, com aproveitamento das coisas que a natureza nos oferece, acho que a gente resolve problemas. Os interesses econômicos da sobrevivência das famílias vão ser o fator preponderante para que ele não desmate mais e para que a gente crie um novo tipo de economia no Brasil”, disse.