Steve McQueen, cineasta e artista visual britânico, radicado em Amsterdã, celebrado por filmes como 12 anos de escravidão (2014) – que recebeu o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Filme – e, mais recentemente, Occupied City (2023) e Blitz (2024), chega neste mês ao Brasil para participar da Flup – Festa Literária das Periferias –, em Madureira, no Rio de Janeiro.
A Flup acontece dos dias 19 a 23 e 27 a 30 de novembro – e exibirá a antologia de cinco filmes de longa-metragem Small Axe: dirigida e coescrita por McQueen, composta por Mangrove, Lovers Rock, Red, White and Blue, Alex Wheatle e Education. Os filmes percorrem as décadas de 1960, 1970 e 1980, em Londres, e se propõem a “corrigir a história britânica”. O cineasta, animado com a visita ao Brasil, conversou por chamada de vídeo com a Cult – sobre Small Axe e sobre a força da união entre as pessoas oprimidas, louvando ainda artistas como James Baldwin e a banda The Specials.
Mangrove é um filme que fala sobre racismo, violência policial, que se posiciona contra o preconceito – e o tempo todo é uma obra de arte. Durante seu processo criativo, o quanto você pensa neste equilíbrio: de o filme ser radicalmente político, agradável de se assistir e impactante no aspecto estético?
Não penso em nenhum desses elementos como individuais dentro da conversa: eles são todos uníssonos para mim, são todos a respeito da mesma coisa. Como você conta uma história. Como você engaja os espectadores. Como você se comunica. Nada cede espaço, pois tudo está ligado à maneira
Assine a Revista Cult e
tenha acesso a conteúdos exclusivos
Assinar »