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terça-feira, novembro 4, 2025

Governo Lula paga R$ 8 milhões em software para rastrear Bitcoin e criptomoedas de brasileiros

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Resumo da notícia

  • Governo Lula adquire software para rastrear transações em Bitcoin e outras criptomoedas.

  • Contrato de R$ 8,6 milhões prevê 51 acessos ativos por 36 meses.

  • Polícia Federal usará o sistema para combater lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O Governo Lula iniciou uma nova etapa no monitoramento de transações com criptomoedas no Brasil, investindo R$ 8,6 milhões em um sistema capaz de rastrear movimentações em Bitcoin, Ethereum, Tron, Dash, XRP e outras redes blockchain. A medida é liderada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e tem como objetivo fortalecer o combate à lavagem de dinheiro e à evasão de divisas.

De acordo com informações oficiais, o contrato foi assinado em 23 de outubro, mas sua publicação só veio a público no dia 29, por meio do Diário Oficial. A ferramenta será utilizada pela Polícia Federal e ficará ativa por 36 meses, com 51 acessos autorizados para diferentes setores de investigação.

O edital previa a contratação de um software de rastreamento e análise de operações com criptoativos. A tecnologia permitirá que as autoridades localizem e acompanhem fluxos de criptomoedas em tempo real, identificando conexões entre carteiras e possíveis origens ilícitas de recursos.

Segundo o termo de referência, o sistema deverá “analisar transações baseadas em blockchain e mapear vínculos de endereços de criptoativos relacionados a práticas criminosas”. O objetivo central, segundo o MJSP, é oferecer suporte às investigações de crimes financeiros que utilizam moedas digitais.

Rastrear Bitcoin e criptomoedas

A empresa vencedora da licitação foi a Iafis Systems do Brasil Ltda, sediada em Brasília e fundada em 2003. A companhia venceu uma concorrência com outras 11 empresas, oferecendo o menor valor unitário — R$ 170 mil por licença de acesso. O total do contrato ficou em R$ 8,67 milhões, bem abaixo do teto previsto inicialmente de R$ 49 milhões.

Entre as participantes estavam companhias conhecidas do setor de tecnologia e forense digital, como Techbiz, Avance Brokers e Iridia Soluções. Algumas propostas chegaram a ultrapassar R$ 40 milhões, o que reforça a amplitude do projeto e o alto custo da tecnologia de rastreamento de blockchain.

A Iafis, que recentemente adicionou um novo sócio ao quadro, especializou-se em soluções de investigação digital, biometria e segurança pública. Fontes do ministério afirmam que o sistema escolhido oferece alta precisão e ampla cobertura multichain, o que o torna apto a acompanhar transações mesmo em redes menos transparentes, como Tron e Dash.

A partir de agora, operações suspeitas envolvendo criptomoedas poderão ser mapeadas e cruzadas com dados de investigações já existentes, permitindo uma resposta mais rápida das autoridades.

O MJSP ressaltou que a medida não visa restringir o uso legal das criptomoedas, mas garantir que o ambiente digital não seja explorado por organizações criminosas. Segundo técnicos do ministério, o avanço da economia cripto exige ferramentas modernas de fiscalização para evitar fraudes e garantir a integridade do sistema financeiro.

[Fonte Original]

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