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sexta-feira, novembro 7, 2025

O momento dos defensivos biológicos: vão substituir os químicos? Entenda

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Na visão de Antônio Carlos Zem, fundador da Biotrop, focada em defensivos orgânicos e vendida recentemente para o grupo belga Biobest por quase R$ 3 bilhões, o mercado de biológicos segue em viés de crescimento, mesmo tendo perdido o vigor de antes.

Ele relembra que, no início da marca, em 2018, depois de passar mais de 38 anos na FMC, gigante americana do setor de químicos, a receita do segmento dobrava a cada ano. Na época, o mercado como um todo avançava cerca de 45%. Internamente, porém, o alvo era ser ainda maior que isso: “se nós somos minimamente eficientes, temos que crescer acima da média”, falava.

Deu certo e, ao longo do tempo, a empresa chegou a atingir 70% de crescimento ao ano. Ele foi o convidado do oitavo episódio do podcast Raiz do Negócio, sua estrada entre o campo e a Faria Lima, uma parceria entre InfoMoney e The AgriBiz.

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Substituição ou complemento

Fora do dia a dia da companhia desde abril deste ano, mas permanecendo no conselho global da BioFirst, holding criada pela Biobest para administrar o modelo de negócio, ele diz ter um posicionamento agressivo e firme: sim, os defensivos biológicos vão substituir os químicos – e de forma crescente.

“Eu espero que, nos próximos cinco ou seis anos, tenhamos a grande virada, em que o biológico vai ser maior que os defensivos químicos em valor de mercado. Muita gente critica e acha que não. Mas não digo isso baseado somente no que nós temos hoje, na tecnologia que temos hoje, mas muito no que vem pela frente”, falou, durante o podcast.

E faz parte desse momento de virada no setor a criação de um bioherbicida eficiente, com custo compatível. Em quase tudo, inclusive, já é possível entrar com o defensivo biológico no agronegócio, conforme explicação do fundador da Biotrop. Para a herbicida, especificamente, porém, a indústria ainda está no início. A expectativa é que deva alcançar patamares similares dos químicos em um futuro próximo.

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Para além disso, já estão disponíveis no mercado fungicidas e inseticidas de origem biológica, com alta qualidade. E outros tópicos também estão mapeados pelo setor, como a ferrugem de soja, um dos focos da Biotrop atualmente. “No momento, ele entra mais como uma espécie de curativo, substituindo algumas aplicações, entrando em conjunto”, disse.

Inovação

Tudo isso só é possível, de acordo com o fundador da Biotrop, Antônio Carlos Zem, a partir de um processo extenso, eficiente e consistente de inovação. Segundo ele, os defensivos biológicos vieram para ocupar um espaço necessário no mercado. Isso porque a principal concorrência, de defensivos químicos, tem tido eficiência reduzida, especialmente pelo aumento de resistência de pragas.

“O segredo desse mercado é inovar. Inovar e inovar. Você não pode ficar achando que vai viver: ‘ah, meu negócio está bem, tendo rentabilidade, crescendo’. Não acredite que essa fase vai ser para sempre. Então, se prepare. A concorrência vai ser mais forte, haverá erosão, você tem que trazer um valor agregado ao seu produto, para que você possa se posicionar no mercado e continuar rentável”, explicou.

[Fonte Original]

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