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Com uma forcinha extra da Petrobras, o Ibovespa cravou o 13º pregão consecutivo no azul, fechando em 154.063,53 pontos, alta de 0,47% em relação ao dia anterior, e, de quebra, renovando a máxima.
Essa é a primeira vez que a Bolsa bate o patamar dos 154 mil pontos no final do pregão, embora isso tenha sido conquistado algumas vezes no intradia nesta semana.
O bom desempenho se deve pela performance da Petrobras, cujos papéis fecharam em alta de 3,77%. As ações da empresa foram as mais negociadas nesta sexta-feira (7). Um dos motivos é o anúncio do pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos, após a empresa reportar lucro líquido de US$ 6,03 bilhões (R$ 32,28 bilhões) no terceiro trimestre, alta de 2,7% na comparação anual.
Evolução
Só nesta semana, o Ibovespa avançou 2,4%. O índice atingiu o patamar de 150 mil pontos em sua história pela primeira vez na última segunda-feira (3). Desde então, só subiu. Confira o desempenho:
- 3/11 (segunda-feira): 150.454,24 pontos
- 4/11 (terça-feira) 150.704,20 pontos
- 5/11 (quarta-feira) 153.294,44 pontos
- 6/11 (quinta-feira) 153.338,63 pontos
- 7/11 (sexta-feira) 154.063,53 pontos
Conforme revelado pela Forbes Brasil, o apetite estrangeiro é quem vem sustentando esse desempenho. Pelas projeções do J.P. Morgan, o índice tem mais espaço para subir e chegar aos 155 mil pontos.
Dólar
O dólar fechou a sexta-feira com leve baixa ante o real, em uma sessão de noticiário relativamente esvaziado no Brasil e no exterior, onde a moeda norte-americana também tinha quedas leves no fim da tarde ante a maior parte das demais divisas.
O dólar à vista fechou em queda de 0,27%, aos R$5,3347 na venda. No acumulado da semana, a divisa cedeu 0,83%.
Às 17h05, o contrato de dólar futuro para dezembro — atualmente o mais negociado no Brasil — cedia 0,32% na B3, aos R$5,3610.
No início do dia, a China informou que suas exportações diminuíram 1,1% em outubro, revertendo o aumento de 8,3% registrado em setembro e ficando abaixo da previsão de crescimento de 3,0% em uma pesquisa da Reuters.
Em meio aos atritos comerciais, as exportações chinesas para os EUA caíram 25,17% em relação ao ano anterior, enquanto as exportações para a União Europeia e para as economias do Sudeste Asiático cresceram apenas 0,9% e 11,0%, respectivamente.
No Brasil, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou no início do dia que o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu 0,03% em outubro, ante elevação de 0,36% no mês anterior, em uma queda menor do que a expectativa de agentes do mercado apurada em pesquisa Reuters, de deflação de 0,22%. Com o resultado de outubro, o IGP-DI acumula no ano queda de 1,31% e em 12 meses alta de 0,73%.
Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 0,25% em setembro frente a agosto, na oitava deflação seguida do setor industrial. No ano, o indicador — que mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete — acumulou queda de 3,87%, com retração de 0,40% em 12 meses.
Nem os dados da China nem os números da economia brasileira tiveram impacto nas cotações no Brasil, que se mantiveram em margens estreitas durante todo o dia.
Após marcar a cotação máxima intradia de R$5,3674 (+0,34%) às 10h02, o dólar à vista atingiu a mínima de R$5,3349 (-0,27%) às 16h45. Da máxima para a mínima, a variação foi de apenas -0,61%.
No exterior, às 17h14, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,12%, a 99,565.