A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (6) uma grande operação que agitou cidades da Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. O alvo era uma organização criminosa com atuação no tráfico internacional de drogas, um esquema complexo, segundo os investigadores.
Na Bahia, a mobilização resultou em uma prisão no município de Simões Filho, além do cumprimento de mandados de busca em quatro endereços, incluindo a cidade de Camaçari e Salvador.
Os agentes também cumpriram três mandados de prisão preventiva e 28 mandados de busca e apreensão em diferentes estados. A investigação apontou um grupo que financiava e organizava grandes remessas de cocaína destinadas à Europa, com uma estrutura que lembrava o funcionamento de empresas, cada um com sua função muito bem definida.
Prisão em Simões Filho e buscas na região metropolitana
Na Bahia, as ações se espalharam por Salvador, Simões Filho e Camaçari. A prisão aconteceu em Simões Filho, no bairro KM-30, enquanto outras equipes da PF vasculhavam endereços pela região metropolitana.
Em Camaçari, o local das apreensões segue em sigilo; ninguém comenta, o que reforça o cuidado dos investigadores e o clima de mistério que cerca o caso.
Durante o cumprimento dos mandados, duas embarcações acabaram apreendidas. A suspeita é de que serviam para esconder drogas misturadas a cargas legais, um método velho conhecido do tráfico marítimo. Essa história, no entanto, começou meses atrás: em abril de 2024, quando 1,8 tonelada de cocaína apareceu em uma embarcação no Porto de Aratu, em Salvador. A partir desse episódio, a PF conseguiu rastrear conexões que levavam a um esquema internacional de tráfico, com ramificações em vários estados brasileiros.
Estrutura do grupo e alcance internacional
Os investigadores descobriram uma rede bem articulada, com pessoas responsáveis por comprar, adaptar e esconder a droga em embarcações. Outros integrantes cuidavam do envio dos carregamentos para o exterior, sempre com o objetivo de driblar a fiscalização nos portos brasileiros. O modo de operação mostrava um alto nível de planejamento e investimento, típico de organizações que atuam fora do país.
Até agora, a PF não detalhou quantos suspeitos foram presos ao todo, nem quais materiais foram apreendidos além das embarcações. As buscas continuam e novas prisões podem acontecer a qualquer momento.