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domingo, novembro 9, 2025

Comando Vermelho: a lei da facção que humilha e extorque moradores de favelas no Rio – BBC News Brasil

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Crédito, MAURO PIMENTEL/AFP via Getty Images

Legenda da foto, Moradores de comunidades dominadas pelo CV são submetidos a ordens — e punições — que afetam desde sua vida amorosa ao vocabulário

    • Author, Carol Castro
    • Role, Do Rio de Janeiro (RJ) para a BBC News Brasil

Em 2020, nenhum morador do Complexo da Penha, na Zona Norte carioca, podia usar o uniforme do Chelsea, time de futebol da Inglaterra.

Naquela época, a Three, empresa de comunicação britânica, era o patrocinador máster da equipe. E as camisetas estampavam o número 3 bem grande. Mas o três é estritamente proibido nas favelas do Comando Vermelho (CV), por remeter ao Terceiro Comando Puro (TCP), seu maior rival na disputa por territórios no Rio.

Regras assim, impostas pela facção criada do Rio de Janeiro, regem a vida de milhões de pessoas que vivem nas comunidades controladas pelos traficantes do CV não apenas onde o grupo criminoso nasceu, mas também para os outros Estados para onde se expandiu em todo o país.

A lei do CV determina até como falar. Moradores de comunidades controladas pela facção no Rio contam que uma delas é que não se pode dizer “a gente” – para os membros do CV, só fala assim quem está do lado inimigo. Nas áreas do CV, é “nóis”. Se errar, leva uma bronca e a suspeita de ter relação com o TCP.

Nos últimos anos, o tráfico aprendeu com as milícias e expandiu seus negócios para além da venda de drogas. Passou a monopolizar o gás, a TV a cabo, a internet e o transporte.

[Fonte Original]

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