GETTY IMAGES
Acessibilidade
Mais de 5.000 voos foram afetados neste sábado (8) em todo os Estados Unidos devido à escassez de pessoal provocada pela paralisação do governo. Milhares de partidas e chegadas em grandes aeroportos enfrentaram cancelamentos ou atrasos, e autoridades alertam que os impactos devem se agravar nos próximos dias.
Segundo dados da FlightAware, até a tarde de sábado, mais de 5.000 voos estavam atrasados e mais de 1.000 haviam sido cancelados. Os aeroportos de Nova York, LaGuardia e John F. Kennedy, registraram os piores índices, com 33% dos voos partindo com atraso. Na sequência, vieram Orlando (30%), Palm Beach (30%) e Tampa (26%).
Diversos aeroportos importantes, como O’Hare (Chicago), Nashville e o próprio LaGuardia, chegaram a suspender temporariamente as operações em solo por falta de controladores de tráfego aéreo. Esses profissionais estão trabalhando sem receber salário há 40 dias, desde o início da paralisação governamental. Trata-se da maior paralisação da história dos EUA, segundo revelou a Forbes Brasil.
Segundo o administrador da FAA, Bryan Bedford, entre 20% e 40% dos controladores não estão comparecendo ao trabalho. O sábado, tradicionalmente um dia mais calmo para viagens, marcou o segundo dia consecutivo de cortes determinados pela FAA, que tenta lidar com a escassez de pessoal durante a paralisação mais longa da história do país.
Na semana passada, a agência anunciou que reduziria em até 10% o número de voos em 40 aeroportos considerados de “alto impacto”. O corte começou na sexta-feira, com 4%, e deve aumentar gradualmente até atingir o patamar máximo em 14 de novembro.
Enquanto isso, o Congresso continua distante de um acordo para reabrir o governo. A proposta dos democratas, que incluía a extensão dos subsídios do Obamacare por mais um ano, foi rejeitada pelos republicanos na sexta-feira (7). Senadores seguem negociando durante o fim de semana para tentar destravar o impasse.
Se a escassez de controladores de tráfego continuar a piorar, até 20% dos voos poderão ser cancelados, advertiu o secretário de Transportes, Sean Duffy.