19.5 C
Brasília
segunda-feira, novembro 10, 2025

O ‘roubo’ que mudou a história de Belém — e da Amazônia – BBC News Brasil

- Advertisement -spot_imgspot_img
- Advertisement -spot_imgspot_img

Crédito, João da Mata / BBC

Legenda da foto, Hoje, ainda há uma seringueira plantada no Kew Gardens, em Londres

O ano era 1876 e o local era o porto de Belém do Pará. O inglês Henry Wickham, a bordo do transatlântico SS Amazonas, estava nervoso. Um atraso poderia arruinar a carga valiosa e perecível que ele carregava no porão: 70 mil sementes da Hevea brasiliensis, a seringueira.

Às autoridades portuárias paraenses, ele declarou que dentro das caixas havia “amostras botânicas extremamente delicadas” destinadas ao Jardim Botânico Real de Kew Gardens, de propriedade de “Sua Majestade Britânica”, a rainha Vitória, em Londres.

“Na minha mente, eu tinha toda a certeza de que se as autoridades descobrissem o objetivo do que eu tinha a bordo, seríamos detidos sob a alegação de que necessitavam de instruções do governo central do Rio, se é que não seríamos interditados”, escreveu Wickham nas suas memórias.

Liberado para cruzar o Atlântico, numa viagem “calma e azul”, o inglês deixava para trás uma cidade em obras que estava se transformando em uma das mais modernas e pujantes das Américas, mas não por muito tempo.

Como a elite de Belém iria descobrir algumas décadas mais tarde, o objetivo encoberto pelo inglês era puramente econômico: estabelecer uma indústria de cultivo de seringueiras, então exclusivas da Amazônia, do outro lado do mundo, nas colônias britânicas na Ásia.

[Fonte Original]

- Advertisement -spot_imgspot_img

Destaques

- Advertisement -spot_img

Últimas Notícias

- Advertisement -spot_img