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sexta-feira, novembro 21, 2025

Ibovespa supera 155 mil pontos e emplaca 11º recorde seguido com maior apetite por risco

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O maior apetite por risco impulsionou o Ibovespa nesta segunda-feira (10), que subiu 0,77%, aos 155.257 pontos, e emplacou o 11º recorde consecutivo de fechamento. O mercado reagiu com otimismo à possibilidade de encerramento da paralisação (“shutdown”) da máquina pública dos Estados Unidos, após um acordo entre parlamentares democratas e republicanos.

O alívio no cenário externo derrubou os juros futuros no Brasil e deu fôlego às ações ligadas à economia doméstica e às blue chips.

O índice oscilou entre os 154.058 pontos e os 155.601 pontos, em meio à volatilidade das ações da Petrobras, que chegaram a recuar, mas se recuperaram com a alta do petróleo no exterior e voltaram a sustentar a bolsa brasileira. Na sessão, o volume financeiro negociado foi de R$ 16,0 bilhões no Ibovespa e R$ 21,9 bilhões na B3. Em Nova York, o Dow Jones subiu 0,81%, o S&P 500 avançou 1,54% e o Nasdaq ganhou 2,27%.

A possibilidade de o “shutdown” chegar ao fim impulsionou os ativos de risco nesta segunda-feira, após o Senado americano aprovar, por 60 votos a 40, a proposta de reabertura do governo na noite de domingo (9) — um passo considerado crucial para o acordo entre democratas e republicanos. Em contrapartida, haverá uma futura votação sobre a extensão dos subsídios ampliados do Affordable Care Act (Lei de Acesso à Saúde).

Os desdobramentos nos EUA têm sido determinantes para o ritmo de alta dos mercados emergentes, especialmente diante da continuidade do ciclo de cortes dos juros americanos, avalia Rodrigo Santoro, superintendente de renda variável da Bradesco Asset Management.

“O grande motivo dos recordes é o externo: corte de juros nos EUA e dólar mais fraco, o que faz com que os investidores busquem diversificação e migração para emergentes, o que bate no Brasil e em outros países”, explica Santoro. “Ao olhar a performance de outros países da América Latina, o Brasil está em linha com eles. Em dólares, a bolsa brasileira sobe 47% no ano, assim como México e Chile.”

Mesmo que, no curto prazo, os principais catalisadores para a valorização do Ibovespa sigam concentrados no ambiente externo, há outros fatores domésticos que podem favorecer as ações, avalia o superintendente da Bradesco Asset. Entre eles estão a perspectiva de queda dos juros no Brasil a partir do primeiro trimestre de 2026, a desaceleração da economia — já refletida nos resultados das empresas acompanhadas pela Bradesco Asset — e o arrefecimento da inflação, provocado pela valorização do câmbio e pela queda dos preços das commodities.

“Ainda não vemos a bolsa reagindo à queda de juros no Brasil”, afirma Santoro. “Mais para o fim deste ano e o início do próximo, o mercado deve voltar o foco para a baixa dos juros. Em 2026, esse será o principal tema, com a sincronização dos ciclos de cortes de juros [locais e americanos] e um ‘soft landing’ (pouso suave) nos EUA, cenário que tende a beneficiar bastante o Brasil”, destaca.

Embora os investidores estrangeiros tenham retirado recursos da B3 em outubro e neste início de novembro, Santoro observa que os aportes no mercado futuro ajudam a equilibrar a equação, reforçando a visão construtiva em relação à bolsa brasileira. Segundo dados compilados pelo gestor, esse tipo de alocador registrou, no mercado futuro, entrada de R$ 5,9 bilhões em outubro e R$ 2,9 bilhões em novembro, compensando as saídas no mercado à vista de R$ 1,2 bilhão e R$ 1,3 bilhão, respectivamente.

Na sessão desta segunda, as ações ordinárias da Vale subiram 0,66%, enquanto as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras tiveram alta de 0,56% e 0,88%, nessa ordem. Entre os bancos, apenas Banco do Brasil ON recuou 0,48%, ao passo que os papéis dos demais subiram, com destaque para as units do BTG Pactual (+1,23%) e Bradesco PN (+1,87%).

Entre as maiores altas, Lojas Renner ON subiu 3,94%, revertendo a queda recente após resultados fracos do terceiro trimestre. Já a ação preferencial da Raízen ganhou 3,57%, após a companhia comunicar a venda da usina Continental, em Colômbia (SP), ao Grupo Colorado. A operação, que inclui a cessão da cana própria e dos contratos com fornecedores vinculados à unidade, está avaliada em R$ 750 milhões.

Na ponta negativa, Azzas 2154 ON cedeu 2,05%, antes de divulgar seus resultados do terceiro trimestre. Na sequência, Suzano ON caiu 1,93% e Usiminas PNA cedeu 1,82%.

[Fonte Original]

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