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quarta-feira, novembro 26, 2025

Você é a favor da nova escala de trabalho 4×3 que será aprovada em Brasília?

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A discussão sobre como os brasileiros trabalham e descansam ganhou força em Brasília. No centro do debate, está a necessidade de rever modelos que, para muitos, já não fazem sentido diante das mudanças sociais e econômicas do país.

Durante um seminário promovido pela Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, apontou a urgência de repensar a forma como a jornada tem sido organizada, destacando a importância de garantir mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

A proposta da PEC 8/25 e o fim da escala 6×1

A principal proposta em pauta é a PEC 8/25, que sugere uma mudança significativa: a adoção de quatro dias de trabalho por semana, seguidos de três dias de descanso – nova escala de trabalho 4×3. Isso significaria estabelecer um teto de 36 horas semanais, eliminando o modelo 6×1.

A ideia ainda precisa ser discutida pela Comissão de Constituição e Justiça, mas já movimenta representantes sindicais, empregadores e parlamentares. O foco está nos impactos que essa alteração traria para a saúde, bem-estar e rotina social dos trabalhadores.

Por que a revisão da jornada é importante para os trabalhadores

Repensar a jornada vai além de números. Trata-se de avaliar o custo humano de escalas intensas e pouco flexíveis. A desigualdade nas relações de trabalho não surgiu por acaso: ela se construiu ao longo do tempo, penalizando principalmente os mais pobres e os trabalhadores informais.

Essa distorção aparece com força nos índices de exaustão, na dificuldade de conciliar trabalho com família e na ausência de proteção adequada. Para o governo, a correção desse cenário depende de medidas concretas e de uma fiscalização que funcione.

As mudanças legais necessárias para avançar

Avançar exige ajustes nas leis. Sem uma base legal firme, as velhas regras continuam ditando o ritmo, mesmo que já estejam defasadas. A comparação com a redução da jornada de 48 para 44 horas semanais, aprovada na Constituição de 1988, ilustra bem o cenário: houve resistência, mas as empresas se adaptaram.

Hoje, muitas categorias já trabalham com 40 horas semanais. Com base nesse histórico, a ideia de reduzir ainda mais a carga horária deixa de parecer ousada e começa a se mostrar viável.

Escala 6×1 considerada incompatível com a vida moderna

A escala 6×1 é alvo direto das críticas. Segundo o ministro, trata-se de um formato que já não acompanha a realidade atual e afeta de forma ainda mais pesada as mulheres, que frequentemente acumulam funções fora e dentro de casa.

Ampliar o tempo de descanso para dois dias consecutivos surge como um passo necessário para preservar a saúde física e mental dos trabalhadores. A lógica é simples: ninguém rende bem sob pressão constante e com poucas pausas.

Comércio em feriados: negociação e resistência

Outro ponto que tem gerado tensão é a regulamentação do comércio em feriados. A proposta do governo não proíbe a abertura, mas exige que haja acordo prévio entre patrões e empregados.

A reação do setor foi intensa, o que, para o ministério, revela uma resistência a qualquer tentativa de organizar a relação de trabalho de forma mais justa. Essa postura, no entanto, acaba dificultando avanços que poderiam beneficiar ambos os lados.

Leia mais: Fim da escala 6×1: trabalhadores comemoram 3 dias de folga 

O diálogo entre governo, trabalhadores e empregadores

O governo mantém a disposição para dialogar com todos os envolvidos. A meta é construir, com calma e responsabilidade, uma transição que atenda às demandas do presente sem comprometer o funcionamento dos setores essenciais.

[Fonte Original]

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