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quinta-feira, novembro 13, 2025

Ibovespa Encerra Maior Série de Altas em Mais de 30 Anos com Pressão de Petrobras

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O Ibovespa voltou a flertar nesta quarta-feira (12) com os 158 mil pontos, mas fechou quase estável. O movimento ocorreu em meio ao forte recuo da Petrobras, acompanhando a queda do petróleo no exterior, enquanto Vale forneceu um contrapeso relevante em dia de alta dos futuros do minério de ferro na China.

O indicador brasileiro cedeu 0,07%, a 157.632,90 pontos, após registrar 158.133,83 na máxima e 156.559,71 na mínima do dia. O volume financeiro somou R$29 bilhões, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.

Com tal desfecho, o Ibovespa encerrou uma sequência de 15 altas, a maior em mais de 30 anos. No período, valorizou-se 9,48%, ampliando o ganho no ano para 31,15%.

No exterior, Wall Street terminou sem um sinal único, com agentes financeiros analisando as chances de término da paralisação do governo norte-americano, sem tirar do radar o noticiário corporativo, principalmente do setor de tecnologia. O S&P 500 encerrou quase estável.

Câmbio

Após cinco quedas consecutivas, o dólar fechou a quarta-feira (12) em leve alta no Brasil, na contramão do recuo da moeda norte-americana ante outras divisas de países emergentes no exterior, em uma sessão sem gatilhos fortes para o mercado de câmbio.

O dólar à vista fechou em alta de 0,35%, aos R$ 5,2932 na venda — após ter atingido na véspera a menor cotação desde 6 de junho de 2024. No ano, a divisa acumula queda de 14,34%.

Às 17h07, o contrato de dólar futuro para dezembro — atualmente o mais negociado no Brasil — subia 0,29% na B3, aos R$5,3110. O dólar oscilou em margens estreitas durante toda a sessão, ora reagindo à expectativa de reabertura do governo nos Estados Unidos, ora tentando acompanhar o movimento no exterior ante divisas de emergentes, como o peso mexicano e o peso chileno.

No Brasil, comentários do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, foram monitorados. Galípolo adotou um tom cauteloso ao tratar da política monetária, afirmando que a instituição não deu qualquer sinal sobre o que fará no futuro, seguindo dependente de dados para tomar suas decisões.

“Todo mundo pode fazer a aposta que quiser, mas a gente vai continuar dizendo e fazendo as nossas reações de maneira bem clara, de que não há qualquer tipo de tergiversação sobre o que é o nosso mandato, que é perseguir a meta”, disse, durante entrevista coletiva pela manhã.

“Se por acaso você entendeu que alguma questão da nossa comunicação foi um sinal sobre que o Banco Central pode vir a fazer no futuro, você entendeu errado”, reforçou.

À tarde, em evento da Bradesco Asset Management, Galípolo disse que a progressão dos dados de inflação em direção à meta de 3% tem sido lenta e gradual, algo “bastante incômodo” para a autoridade monetária. Apesar do tom cauteloso, os comentários de Galípolo não foram suficientes para justificar movimentos mais intensos no câmbio, assim como no mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros).

Galípolo também reiterou a mensagem de que o Banco Central somente atua no mercado de câmbio em momentos de “disfuncionalidade”. Questionado sobre a diversificação das reservas brasileiras, ele afirmou que atualmente é muito difícil “contornar ativos americanos” e questionou o interesse de alguns países na internacionalização de suas moedas.

Segundo ele, quando uma moeda é transformada em ativo global, o país perde o controle de sua taxa de câmbio — algo que pode não ser, conforme Galípolo, de interesse da China.

“É quase impossível enxergar uma alternativa ao dólar hoje”, disse Galípolo, acrescentando que a função do BC é adotar uma “lógica defensiva” na administração das reservas. No exterior, às 17h10, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,05%, a 99,498.



[Fonte Original]

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