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quinta-feira, novembro 13, 2025

Apesar do Fim do Shutdown, EUA Segue com Problemas Fiscais Sérios

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Kevin Mohatt/Reuters

Esse foi o shutdown mais longo da história dos EUA

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A mais longa paralisação do governo federal na história dos Estados Unidos terminou na noite de quarta-feira (12). A assinatura do presidente Donald Trump encerrou a mais longa paralisação do governo americano — foram 43 dias com apenas serviços de extrema necessidade em funcionamento.

A reabertura só foi possível devido à aprovação do Orçamento e lei de financiamento que, por sua vez, só foi aprovada devido a um acordo entre uma ala democrata e os republicanos. Ao final, a Câmara aprovou o projeto por 222 votos a 209, dois dias depois do Senado aprovar o texto por 60 votos a 40.

O projeto garantirá financiamento para as agências federais até 30 de janeiro de 2026. A paralisação deste ano supera o recorde anterior, estabelecido pela paralisação de 2018, que durou 35 dias durante o primeiro mandato de Trump. Ao todo, 1,4 milhão de servidores governamentais foram impactados pelo período sem salários. 

O fim do “shutdown” soluciona o problema apenas parcialmente. O Congresso não conseguiu aprovar um projeto de lei orçamentária que manteria o governo financiado. O impasse se transformou em uma disputa prolongada entre republicanos e democratas sobre a prorrogação dos subsídios da Lei de Cuidados Acessíveis (Affordable Care Act), entre outros pontos.

Os democratas buscavam uma extensão dos subsídios antes que eles expirassem no fim do ano. Os republicanos ofereceram realizar uma votação em meados de dezembro sobre os subsídios em troca dos votos democratas necessários para aprovar o projeto de financiamento no Senado, embora alguns democratas duvidem que o Partido Republicano cumpra sua parte no acordo ou esteja disposto a aprovar uma prorrogação dos subsídios.

A questão, no entanto, esbarra no crescente déficit da economia americana. Em meados deste ano os Estados Unidos alcançaram a desagradávle marca de ter a sua nota de crédito rebaixada pelas três principais agências de risco de crédito do mundo —- Moody’s, S&P Global e Fitch. 

Em matéria de junho deste ano, a Forbes Brasil mostrou que o crescimento da relação entre o tamanho da dívida pública e o PIB, problemas de instabilidade institucional e deterioração do mercado de trabalho, inflação e níveis de reservas foram essenciais para a queda da nota.

A Moody’s explicou em relatório que o aumento da dívida pública e a não resolução dos problemas fiscais foram os principais motivos para o rebaixamento. A projeção da agência para 2025 é de que a relação entre dívida e PIB dos EUA saia de 98% do ano passado para 134%. Além disso, a eles apontaram que os pagamentos de juros corresponderão a 30% da arrecadação federal, 18% mais do que o registrado em 2024.

Os problemas fiscais começaram em 2001, quando o país passou a gastar mais do que arrecada. Hoje, a dívida é de cerca de US$ 36 trilhões. No ano passado, o governo americano gastou US$ 881 bilhões apenas com juros; 

No início do ano, o presidente Trump apresentou um projeto fiscal de gastos que pode adicionar US$ 2,4 trilhões à dívida dos EUA nos próximos anos. A medida foi criticada inclusive por aliados.



[Fonte Original]

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