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sábado, novembro 15, 2025

Como funciona o YouTube Shopping? Entenda

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Além de encontrar receitas, tutoriais para instalar programas e fazer reparos, transmissões esportivas, shows e muito mais, o streaming de vídeo do Google também é uma plataforma para vender e faturar. Essas funcionalidades estão disponíveis por meio do YouTube Shopping.

Destinado aos criadores de conteúdos, o recurso estreou em 2023 nos Estados Unidos e tem se expandido para outros mercados desde então. O Brasil foi uma das adições recentes, com a ferramenta oferecendo uma nova opção de monetização para donos de canais.

O que é o YouTube Shopping e como funciona

Transformando o canal em uma “vitrine”, o recurso oferece aos criadores a oportunidade de marcar produtos em vídeos. Com isso, é possível promovê-los durante as gravações longas, curtas e também nas transmissões ao vivo.

O espectador pode clicar no link ao reproduzir o conteúdo, enquanto vê um vídeo com dicas, review ou unboxing. Antes de acessar a loja online, ele confere a descrição do produto, preço, imagens e outros detalhes.

A iniciativa tem um programa de afiliados que dá ao influenciador uma comissão para cada venda realizada a partir dos seus vídeos. Para tanto, é necessário que o espectador clique no anúncio dentro da gravação e confirme a compra.

Essas comissões são pagas entre 60 e 120 dias após a confirmação da compra, período em que a plataforma processa a operação e verifica se não houve devolução. O dinheiro fica disponível no Adsense para YouTube, já conhecido pelos criadores.

Como os produtos aparecem nos vídeos e lives

Disponíveis nos vídeos longos, Shorts e transmissões ao vivo, os produtos do shopping do YouTube podem surgir de diferentes maneiras na tela, dependendo do formato ativado. Uma das alternativas é adicioná-los em uma vitrine virtual ao lado ou abaixo do conteúdo.

Essa vitrine pode ser personalizada para destacar produtos específicos ou exibir uma seleção automática de itens de maior popularidade e/ou que estejam disponíveis. Outra opção está nas coleções, organizadas em grupos temáticos.

O programa de afiliados do YouTube estrou recentemente no Brasil. (Imagem: YouTube/Divulgação)

Também é possível destacar os produtos na descrição do vídeo, fixá-los no chat durante as lives ou por meio de um botão de compra que aparece durante a reprodução, permitindo visualizar preço e fotos sem sair do YouTube. Vale citar, ainda, a loja do canal, acessível via link na página.

Quem pode usar o YouTube Shopping?

Tem um canal no YouTube e interesse em ganhar dinheiro ajudando espectadores a encontrar produtos? Neste caso, é necessário participar do Programa de Afiliados do YouTube Shopping e cumprir os critérios de elegibilidade para criadores.

Os requisitos são:

  • Fazer parte do Programa de Parcerias do YouTube (YPP);
  • Ter mais de 10 mil inscritos no canal — neste primeiro momento no país, o número foi reduzido para 5 mil;
  • Residir no Brasil;
  • Não ser um canal oficial de artista, canal de música ou associado a parceiros do segmento;
  • Não ser um canal cujo público é definido como “conteúdo para crianças”.

Como ativar o YouTube Shopping

Seu canal é elegível ao YouTube Shopping no Brasil? Para aderir ao programa de afiliados, você deve iniciar uma sessão no YouTube Studio, no computador, selecionar a opção “Monetização” no menu à esquerda e, a seguir, clicar em “Compras”.

O sistema indicará se o canal pode aderir à iniciativa e, na sequência, o criador deve clicar em “Começar”. É recomendável ler os termos de utilização do programa para sanar dúvidas, aceitando as normas, ao final, caso concorde com elas.

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A adesão ao programa é feita dentro do YouTube Studio. (Imagem: YouTube/Divulgação)

Agora, basta aguardar a aprovação pelo streaming de vídeos do Google. Logo após, você poderá marcar os produtos nos conteúdos antigos e novos. No momento, Mercado Livre e Shopee são as marcas parceiras do projeto no Brasil, mas novas opções devem ser adicionadas em breve.

Como o público pode comprar durante os vídeos

Quem está assistindo aos vídeos pode interagir com os produtos marcados que aparecem na tela, lembrando que a exibição depende do formato escolhido pelo criador. Se o botão “Comprar” surgir durante uma live, clicar nele abrirá um card com as informações do item.

Em geral, a visualização dos detalhes não interrompe a reprodução, permitindo verificá-los sem sair do YouTube. O mesmo acontece no formato de prateleira, que mantém o espectador dentro do canal até ele decidir se irá realizar a compra.

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Ao clicar nos botões de compras e etiquetas de produtos dos vídeos, você obtém mais informações sobre os itens à venda. (Imagem: YouTube/Divulgação)

Já o passo final, com a adição do produto ao carrinho, a digitação dos dados de pagamento e entrega, acontece na página da loja parceira do programa, após o espectador ser redirecionado por meio de um link na etiqueta.

Dicas para aproveitar o recurso no YouTube Shopping

Com 25 milhões de usuários brasileiros fazendo pesquisas sobre compras na plataforma no mês de julho, conforme pesquisa da Kantar, o YouTube tem se tornado uma opção cada vez mais buscada pelas pessoas interessadas em adquirir novos produtos. Elas procuram informações detalhadas do item que estão prestes a comprar.

Dessa forma, é possível aproveitar esse potencial para faturar com as comissões de vendas, indicando produtos em seu canal. Algumas práticas ajudam a atrair mais espectadores:

  • Crie conteúdos informativos e envolventes;
  • Promova os vídeos nas redes sociais e em outros canais de grande audiência;
  • Aproveite o recurso de cartões para oferecer informações detalhadas;
  • Use imagens de alta qualidade nas listagens;
  • Certifique-se de que as listas estejam completas e precisas;
  • Se possível, invista em anúncios no YouTube para alcançar mais pessoas;
  • Planeje-se para chegar ao público certo para o produto promovido;
  • Acompanhe os dados de vendas e desempenho, o que permite analisar se as campanhas são eficientes e a realizar mudanças, se necessário.

Benefícios e vantagens do YouTube Shopping

Para criadores, a iniciativa surge como uma nova opção de monetização além do Adsense, diversificando ganhos com links de afiliados. O programa também é vantajoso para as marcas, que se aproveitam da visibilidade do streaming para expor produtos a novos públicos engajados.

Outros benefícios para lojistas são melhorar as taxas de conversão a partir das recomendações de canais especializados e o processo simplificado de vendas. Já os consumidores contam com conteúdos que os ajudam a fazer as melhores escolhas e uma experiência de compra mais fluida.

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Criadores podem ganhar comissão com as vendas a partir dos vídeos. (Imagem: YouTube/Divulgação)

Limitações e desafios do YouTube Shopping

Apesar das facilidades para todos os envolvidos, a plataforma de compras do YouTube apresenta limitações, como a baixa quantidade de lojas parceiras. No Brasil, há somente duas, por enquanto.

Também vale citar a dependência da produção contínua de vídeos para aparecer nas recomendações e alcançar novos consumidores, o que exige tempo e recursos. Além disso, a iniciativa ainda é recente e lida com concorrentes de peso e funcionando há mais tempo.

Disponibilidade por país e restrições

O número reduzido de países em que o programa está presente é outra limitação. Além de EUA e Brasil, ele chegou a lugares como Índia, Filipinas, Indonésia, Singapura, Malásia, Vietnã, Tailândia e Coreia do Sul, para criadores, lista ligeiramente maior para compradores, incluindo Japão, Colômbia e Canadá, entre outros.

Há, ainda, os critérios de elegibilidade para os canais se inscreverem no projeto e monetizar vídeos, com a exigência de um número mínimo de inscritos restringindo a participação a influenciadores mais populares.

Dificuldades técnicas e logísticas são outros desafios enfrentados pelos participantes, mas a expectativa é de que as soluções apareçam à medida que o projeto avançar e chegar a mais mercados e lojas.

Fez compras pelo YouTube Shopping ou já interagiu com os anúncios enquanto assistia a algum vídeo? Compartilhe a sua experiência com a gente, comentando nas redes sociais do TecMundo.

[Fonte Original]

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