O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que Jorge Messias, seu indicado ao Supremo Tribunal Federal, “seguirá cumprindo seu papel na defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito no STF”. Lula escolheu o advogado-geral da União para substituir Luis Roberto Barroso no STF.
“Assinei hoje mensagem ao Senado Federal indicando o nome do Advogado-Geral da União, @jorgemessiasagu, para exercer o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, na vaga deixada pelo ex-ministro Luís Roberto Barroso. Faço essa indicação na certeza de que Messias seguirá cumprindo seu papel na defesa da Constituição e do Estado Democrático de Direito no STF, como tem feito em toda a sua vida pública”, disse Lula nas rede sociais.
A escolha consolida a opção por nomes de estrita confiança para a Corte, a exemplo de Cristiano Zanin e Flávio Dino, os outros nomes indicados por Lula neste terceiro mandato. Com Messias, o presidente também faz um gesto aos evangélicos, segmento no qual enfrenta mais rejeição, segundo pesquisas.
Caberá ao Senado aprovar o nome de Messias. O preferido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para a vaga era o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com quem Lula teve uma conversa nesta semana.
A preocupação com a votação cresceu depois que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi reconduzido na semana passada por margem estreita — apenas quatro votos acima do mínimo necessário. Nos bastidores, líderes da base admitem que só evitaram uma derrota inédita graças a uma operação emergencial que arrancou dois votos da oposição e contou com a articulação direta de Alcolumbre para manter o quórum alto em uma semana de esvaziamento.
Após perder a disputa para Flávio Dino, Messias virou o jogo, se reposicionou no grupo círculo mais próximo ao presidente e se tornou, desde o início da corrida pelo posto, o favorito para terceira escolha de Lula à Corte neste mandato.
Afilhado político da ex-presidente Dilma Rousseff, Jorge Messias percorreu uma trajetória política alinhada ao PT e ao governo. Na descrição de pessoas próximas, foi a lealdade ao partido mesmo nos momentos mais difíceis, ainda que não seja filiado, e a conduta junto a Lula que o cacifaram para a vaga de Luís Roberto Barroso.