Resumo da notícia
Vencimento de opções pressiona o BTC, com 84% dos contratos acima de US$ 91 mil.
Mercado segue lateral, apesar de sinais macro levemente positivos.
Analistas veem risco de queda se ETFs perderem fluxo e liquidez continuar fraca.
7h40
Paulo Aragão (Host Podcast Giro Bitcoin
O Bitcoin desacelerou de forma visível às vésperas do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos e não acompanhou a alta do Nasdaq, nem reagiu positivamente à recente fraqueza do dólar. Nem mesmo as manchetes envolvendo o novo presidente do Federal Reserve e os avanços diplomáticos relacionados à Ucrânia foram suficientes para impulsionar o mercado cripto, o que indica perda de força no curto prazo.
Outro fator que pesa sobre o preço é o vencimento de opções nesta sexta-feira. Dados mostram que 84% dos contratos estão posicionados acima de US$ 91.000 e, se o preço continuar próximo dos níveis atuais, esses contratos expiram sem valor — o que reduz o incentivo para uma alta mais forte antes do vencimento.
Tecnicamente, o Bitcoin está preso em um movimento de consolidação, sem tendência clara. Com base nos dados de liquidações, ainda vejo espaço para o preço buscar a região entre US$ 93.000 e US$ 94.000, que seria uma zona natural de teste se houver algum alívio no curto prazo. Porém, enquanto o mercado permanecer dentro dessa faixa lateral, o cenário segue indefinido.
Existe também a leitura de que o movimento recente pode estar se parecendo com um “repique técnico” após uma queda forte — e não com uma retomada consistente de alta. Meu receio é que o próximo movimento seja uma queda mais prolongada, com possibilidade de o Bitcoin buscar médias de longo prazo que não são testadas há bastante tempo.
7h20
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quarta-feira, 26/10/2025, está cotado em R$ 468.722,03. O BTC estabilizou entre US$ 85 mil e US$ 87 mil, interrompendo a sequência de queda com dados on-chain e macroeconômicos apontando para uma possível recuperação.
O volume de contratos perpétuos subiu 25,5%, para US$ 1,3 trilhão, enquanto o interesse em aberto aumentou 3,1%. As liquidações de Bitcoin caíram 70%, para US$ 2,18 milhões, reduzindo a pressão de venda.
Isso indica que os investidores posicionados para volatilidade antes da decisão do Fed sobre a taxa de juros em dezembro. A relação entre os preços à vista e os contratos futuros perpétuos (0,21) mostra que as apostas alavancadas predominam, aumentando os riscos de aperto monetário caso os preços sofram oscilações bruscas.
O Índice de Medo e Ganância permaneceu em “Medo Extremo” (15) por três semanas – um nível que historicamente precede recuperações. O índice Sharpe do Bitcoin chegou a zero, espelhando as mínimas de 2019/2020.
Bitcoin cenário macroeconômico
André Franco, CEO da Boost Research destaca que a divulgação de dados econômicos dos EUA, com vendas no varejo mais fracas do que o esperado e queda na confiança do consumidor, reacendeu apostas de que o Fed irá cortar juros em dezembro.
Ao mesmo tempo, os rendimentos dos títulos americanos caíram levemente, e o sentimento global de “risk‑on” se fortaleceu com os índices asiáticos e futuros americanos em alta. No mesmo movimento, o Bitcoin avançou modestamente sendo atualmente cotado em e era cotado a US$ 87.600. A expectativa de curto prazo para o Bitcoin é moderadamente positiva.
A combinação de expectativa de corte de juros pelo Fed, o que reduz o custo de oportunidade da renda fixa, e o clima geral de risco mais favorável tende a favorecer ativos alternativos como cripto. Porém, a relatividade do movimento sugere que o Bitcoin provavelmente vai operar num canal lateral/ascendente, salvo a ocorrência de um catalisador forte, como dados macro surpreendentes, falas dovish do Fed, ou fluxo institucional relevante.
Bitcoin análise técnica
Para o analista Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN, afirma que os dados on-chain mostram que o mercado opera em terreno sensível. Cerca de 35% do suprimento de BTC permanece no prejuízo, enquanto o Ethereum apresenta aproximadamente 38% em perda. Isso indica pressão de curto prazo, principalmente de investidores recentes.
Por outro lado, movimentos institucionais continuam firmes. A compra de US$ 10 milhões em Bitcoin pelo Texas e a estratégia corporativa de aumentar exposição ao ativo reforçam uma tese de demanda estrutural. Saídas de exchanges e entradas em ETFs também mostram realocação para custódia de longo prazo.
“O mercado está esculpindo um piso provisório entre US$ 84 mil e US$ 90 mil. As entradas nos ETFs reduzem o risco extremo, mas não sinalizam risco-on amplo ainda. Precisamos ver sinais claros de demanda. Isso significa fluxos sustentados, recuperação acima de US$ 92 mil ou estabilização nos indicadores on-chain.”
De acordo com ele, a principal ameaça imediata é um retorno aos dias consecutivos de saídas nos ETFs de Bitcoin. Isso removeria o suporte marginal e poderia abrir espaço para testes abaixo de US$ 84 mil.
Outro risco envolve o cenário macro. Qualquer inflação acima do esperado ou discurso mais duro do Fed tende a pressionar o dólar e os juros, pesando sobre ativos de risco.
No campo on-chain, entradas massivas em exchanges, aumento na venda de grandes carteiras e liquidez reduzida podem transformar movimentos comuns em quedas rápidas. A liquidez mais fraca durante o feriado americano também aumenta esse perigo.
“Gestão de risco importa mais que timing. O momento exige calma, caixa e paciência para escalar posições apenas quando a demanda aparecer de forma clara.”
Portanto, o preço do Bitcoin em 26 de novembro de 2025 é de R$ 468.722,03. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0022 BTC e R$ 1 compram 0,0000022 BTC.
As criptomoedas que estão registrando as maiores altas no dia 26 de novembro de 2025, são: Monad (MON), SPX6900 (SPX) e Story (IP), com altas de 27%, 19% e 8% respectivamente.
As criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 26 de novembro de 2025, são: Aster (ASTER), MYX Finance (MYX) e Artificial Superintelligence Aliance (FET), com quedas de -7%, -4% e -3% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente – cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado “corrente de blocos” (block – bloco, chain – corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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