A China vai aumentar a rigidez dos padrões na fabricação de powerbanks (carregadores portáteis) em breve. Informações recentes indicam que o país asiático publicará uma atualização de segurança nacional para esses dispositivos em 2026, e isso pode mudar como o resto do mundo usa e fabrica gadgets como esses.
É dito que a atual certificação 3D (Certificação Compulsória da China) será substituída em junho de 2026 por uma nova grade de especificações. O escopo do projeto é que as regras cubram toda a cadeia de produção desses produtos, desde sua estruturação, placas de circuito utilizadas e as células de bateria.
Uma das grandes novidades da nova regra é que os fabricantes serão obrigados a imprimir no corpo do dispositivo uma vida útil recomendada, para alertar sobre a longevidade do item. No pacote, deverá ser incluído o nome completo da fabricante original, para garantir maior rastreabilidade do produto.
Um dos tópicos mais importantes é que os powerbanks deverão ter um display LCD ou aplicativo obrigatório. Essas tecnologias devem, obrigatoriamente, exibir informações como o nível de saúde da bateria, a contagem de ciclos da bateria, e a condição geral a respeito do aparelho.
Por que a China está mais rígida com power banks?
Com as novas determinações chinesas, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação (MIIT) acredita que as regras vão dificultar a entrada de algumas marcas nesse mercado. Porém, o objetivo central da China é aumentar as barreiras de segurança em torno desses aparelhos.
- Um dos pilares da mudança é o foco na segurança, já que os gadgets passarão por testes técnicos mais rigorosos;
- A transparência com os consumidores é outro ponto de atenção;
- Transformar esses simples carregadores portáteis em produtos mais inteligentes também é uma das premissas;
- O MIIT entende que com as novas regras, 70% da capacidade de produção existente deve sair do mercado;
- A principal razão para isso é que muitas das fábricas que atendem essas marcas não possuem a capacidade de cumprir as novas regras;
- A mudança deve beneficiar fabricantes com forte P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e cadeias de suprimentos de alta qualidade;
- Marcas já bem consolidadas, como a Xiaomi, não devem ter problemas nessa transição.
Por mais que sejam mudanças somente para produtos chineses, não seria surpresa ver o resto do mundo adotar essas medidas, seja parcial ou integralmente. Com os casos de power banks explodindo e pegando fogo em locais de risco, como em aviões durante voo, aumentar o rigor na fabricação desses aparelhos pode ser essencial.
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