A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, informou na quarta-feira (26) que o país suspendeu o processamento de pedidos de imigração do Afeganistão, depois que as autoridades identificaram o suspeito de atirar em dois soldados da Guarda Nacional perto da Casa Branca como um imigrante afegão de 29 anos.
O anúncio foi feito também pelo Serviço de Cidadania e Imigração nas redes sociais. De acordo com o governo de Donald Trump, o homem entrou no país em 2021 por meio de um programa de imigração da gestão de Joe Biden para afegãos que deixaram seu país após a queda do governo para o regime Talibã.
“Com efeito imediato, o processamento de todos os pedidos de imigração relacionados a cidadãos afegãos está suspenso por tempo indeterminado, aguardando uma revisão mais aprofundada dos protocolos de segurança e verificação”, afirmou a pasta responsável pela Imigração.
Segundo a agência, essa suspensão afetará cidadãos afegãos que tentam permanecer nos Estados Unidos por meio de asilo ou do green card, documento que concede a cidadãos estrangeiros o status de residência permanente no país.
A medida também afetará os afegãos que ajudaram o governo dos EUA durante os 20 anos de guerra no Afeganistão e que solicitaram a transferência para o país por meio do programa de Visto Especial de Imigrante, segundo o comunicado.
Suspeito do ataque já trabalhou para a CIA, diz emissora
De acordo com a Fox News, o autor do ataque armado perto de uma estação de metrô em Washington já trabalhou para a CIA, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. Segundo a emissora, o imigrante afegão esteve vinculado a várias entidades do governo devido ao seu trabalho como membro de uma força associada de inteligência em Kandahar.
O diretor da CIA, John Ratcliffe, afirmou à Fox que a administração de Biden (2021-2025) justificou a ida do afegão para os EUA em setembro de 2021, na sequência da retirada desastrosa de militares americanos do Afeganistão, “devido ao seu trabalho anterior com o governo americano, incluindo a CIA”, como integrante da dita força associada.
“Na sequência da desastrosa retirada de Biden do Afeganistão, o governo Biden justificou a vinda do suposto atirador para os Estados Unidos em setembro de 2021 devido ao seu trabalho anterior com o governo americano, incluindo a CIA, como membro de uma força parceira em Kandahar, que terminou pouco depois da caótica evacuação”, disse o diretor da CIA, John Ratcliffe, à Fox News Digital.
Fontes da inteligência americana disseram à emissora que o ataque está sendo investigado como um possível ato de terrorismo internacional. Autoridades do FBI confirmaram que os dois membros da Guarda Nacional da Virgínia Ocidental atingidos pelos disparos permanecem em estado crítico.
O ataque ocorreu na entrada da estação de metrô de Farragut West, a 500 metros da Casa Branca.
O presidente Donald Trump classificou o episódio como “um ato de ódio e terrorismo”, enquanto o secretário de Guerra, Pete Hegseth, anunciou que adicionará mais 500 militares aos 2.500 que desde agosto já se encontram em Washington patrulhando a capital americana.