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segunda-feira, dezembro 1, 2025

GWM Muda Planos da Fábrica no Brasil com Alta Procura por Picape e SUV de Luxo

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Divulgação

Haval H9 e picape Poer: vendas superaram as expectativas da marca.

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A chinesa GWM precisou pisar no freio do plano original da fábrica de Iracemápolis, no interior de São Paulo, para acelerar na direção que o mercado pediu. O motivo atende por dois nomes: a picape Poer P30 e o SUV de luxo Haval H9, lançados em setembro e já tratados com atenção especial da operação brasileira.

O H9, primeiro SUV diesel de 7 lugares da marca no país, deu o recado logo na estreia: as 600 unidades previstas para 30 dias se esgotaram em apenas 7 horas. A GWM ainda ampliou a oferta rapidamente — de 100 para 600 unidades —, mas nada ficou parado no estoque. O modelo é vendido por a partir de R$ 329.000.

A picape Poer P30 seguiu o mesmo roteiro de boa recepção. Até outubro, foram 610 unidades emplacadas, de acordo com a Fenabrave, reforçando o apetite do consumidor brasileiro por picapes a diesel com pegada de SUV.

Diante desse cenário, a GWM decidiu reorganizar a linha de montagem, que antes tinha o H6 como foco. A fábrica já está no início do segundo turno para acompanhar o ritmo das vendas, e a prioridade é clara: mais H9 e mais Poer.

“A demanda nos surpreendeu. Para atender os pedidos, vamos priorizar a montagem do H9 e da Poer, para depois termos mais H6, que é um carro que tem mais volume de produção na China”, disse Ricardo Bastos, diretor de Assuntos Institucionais da GWM Brasil, em entrevista à Forbes Brasil.

A fábrica foi inaugurada em agosto deste ano em um investimento de R$ 4 bilhões. A planta tem área total de 1,2 milhão de m² e área construída de 94 mil m², e capacidade para produzir 50 mil veículos por ano. Além da picape Poer e do SUV H9, a instalação também monta o H6.

Novo H6: best-seller reestilizado e mais versões

Mesmo com a linha focada em H9 e Poer, o Haval H6 continua sendo o pilar da operação. Segundo dados da Fenabrave, o SUV já superou 25 mil unidades vendidas no acumulado do ano, consolidando-se como o carro de volume da GWM no Brasil.

Divulgação

Novo Haval H6 com lanternas para o mercado brasileiro.

O mais recente lançamento da marca por aqui é justamente a nova família Haval H6 2026, que chegou às concessionárias em novembro, em quatro versões:

  • HEV2 – a partir de R$ 223 mil
  • PHEV19 – R$ 248 mil
  • PHEV35 – R$ 288 mil
  • GT – R$ 325 mil

Nas versões HEV2, PHEV19 e PHEV35, a grande mudança visual está na dianteira, que ganhou uma nova grade com 87 blocos de maior amplitude e uma assinatura luminosa renovada. A marca chama o conceito de Estética Galática, uma fusão entre a elegância clássica do modelo e traços mais futuristas.

Na traseira, o time de design brasileiro decidiu ir na contramão da versão chinesa: em vez de adotar lanternas separadas, manteve as lanternas integradas, um dos elementos mais reconhecidos pelo consumidor do H6 no Brasil. Outra mudança é a adoção de logotipos em preto na traseira, substituindo os cromados anteriores.

Já o H6 GT, conhecido pela carroceria cupê e pelo visual mais agressivo, preservou o desenho externo que já tinha aprovação dos clientes e concentrou as alterações no interior.

H9 e Poer: os “culpados” pela mudança de rota

A avalanche de demanda começou com o Haval H9, posicionado como o primeiro SUV diesel de 7 lugares da GWM no Brasil. O modelo combina motor a diesel, capacidade off-road e uma proposta de luxo que fala com um público disposto a migrar de marcas tradicionais para novas opções.

Já a Poer P30 chegou para disputar um dos segmentos mais disputados do país: o de picapes a diesel. Com motor 2.4 turbo diesel de 184 cv, tração 4×4, câmbio automático de 9 marchas e garantia de 10 anos, a picape tenta combinar robustez, capacidade de carga e conforto de SUV. Tem preço a partir de R$ 220.000.

Com H9 e Poer avançando acima do previsto, coube à fábrica de Iracemápolis fazer o ajuste fino. A mudança de rota não tira o H6 do centro da estratégia — ele segue como o carro de volume e acaba de ganhar uma linha 2026 renovada —, mas mostra como a GWM está disposta a reorganizar a produção rapidamente quando o mercado indica por onde quer acelerar.



[Fonte Original]

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