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Os investidores devem observar com lupa a divulgação do PIB do terceiro trimestre nesta quinta-feira, que pode ser crucial para balizar as expectativas do mercado para o começo do ciclo de cortes da taxa Selic. No cenário político, a decisão do ministro do Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que só o procurador-geral da República pode pedir o impeachment de integrantes da Corte ampliou a crise entre os Poderes.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que já vinha demonstrando insatisfação com o Executivo por causa da indicação à vaga no STF, reagiu com indignação e afirmou que a medida invade a competência do Legislativo. A leitura é que, com a decisão, que ainda será analisada pelos demais ministros a partir do dia 12, o STF se antecipa a um possível cenário de maior controle bolsonarista no Senado em 2027.
O mercado deve dividir as atenções entre os indicadores da economia brasileira, o agravamento da crise política e os dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Hoje saem os números de pedidos iniciais de seguro-desemprego, que na semana passada somaram 216 mil solicitações. Agora, a expectativa é de um aumento para cerca de 220 mil pedidos.
Ontem, dados mais fracos do mercado de trabalho americano reforçaram a percepção de que o Federal Reserve (Fed) deverá reduzir os juros na próxima semana, além de adotar uma postura menos conservadora nas reuniões seguintes. A dinâmica desencadeou um ajuste global do dólar. No Brasil, a moeda americana recuou 0,33% frente ao real, a R$ 5,3125. O Ibovespa também voltou a renovar máximas e encerrou em alta de 0,41%, aos 161.755 pontos.
Nesta manhã, o dólar ronda a estabilidade, assim como os índices futuros de Nova York. Por volta das 8h, o DXY, que mede a força da moeda americana contra uma cesta de seis divisas fortes, cedia 0,03%, aos 98.827 pontos. Já o futuro do S&P 500 subia 0,1%, enquanto o do Nasdaq caía 0,05%.