Um idoso de 81 anos saiu de um cenário de abandono absoluto nesta quinta-feira (4), em Simões Filho, depois que as investigações revelaram que ele vivia em condições desumanas. Veja os vídeos mais abaixo!
A polícia encontrou o homem trabalhando como caseiro, sem qualquer suporte básico, enquanto o responsável pelo local retinha seu benefício previdenciário. O quadro revelava violações sérias que colocavam em risco a saúde, a segurança e, principalmente, a dignidade da vítima.
As equipes levaram o idoso para atendimento especializado logo após o resgate. Ele recebeu acolhimento das Secretarias Municipais de Assistência Social e Saúde, que iniciaram o acompanhamento imediato.
A DEATI conduziu a apuração, com apoio do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis. Esse tipo de ação marca a força da Operação Legado Vivo, que amplia a atuação da Polícia Civil contra crimes que atingem pessoas idosas e pressiona pela responsabilização dos envolvidos.
As investigações seguem e podem resultar em acusações como abandono de vulnerável, redução à condição análoga à de escravo, apropriação de proventos e outros crimes previstos em lei.
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Violência contra o idoso cresce no país
Os dados do Ministério dos Direitos Humanos mostram um retrato preocupante. O Disque 100 recebe em média 20 denúncias de violência contra idosos por hora, e mais de 80% acontecem dentro da casa da própria vítima. Isso revela um problema que se intensifica em um país que envelhece de forma acelerada.
Na Bahia, vivem mais de 2,3 milhões de pessoas idosas, e o estado concentra o maior número de centenários do país, segundo o IBGE. Entre janeiro e outubro, foram 151 mil denúncias e mais de um milhão de violações. Mulheres idosas aparecem como as principais vítimas.
Para ampliar a conscientização, a Associação Nacional do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos lançou a cartilha “informar para proteger”, que reúne direitos, tipos de violência e sinais de alerta, lembrando que práticas como reter documentos, apropriar-se da aposentadoria ou impedir visitas também configuram violência.