A venezuelana María Corina Machado, reconhecida por sua atuação contra o regime do ditador Nicolás Maduro, estará em Oslo, capital da Noruega, no próximo dia 10 de dezembro para receber o Prêmio Nobel da Paz. E ela não vai sozinha: a entrega do prêmio será acompanhada por uma comitiva de líderes da América Latina.
O presidente da Argentina, Javier Milei, é um deles. Sua presença na cerimônia foi confirmada pelo subsecretário de Imprensa do governo argentino, Javier Lanari. “A Argentina está do lado certo da história. No lugar de onde nunca deveríamos ter saído. A favor da paz e da liberdade”, afirmou.
Outro convidado que confirmou presença na entrega do Nobel da Paz à venezuelana foi o presidente do Paraguai, Santiago Peña. A confirmação veio por meio do ministro paraguaio de Relações Exteriores, Rubén Ramírez.
“O convite feito por María Corina é um reconhecimento do trabalho do governo Peña em defesa da liberdade, dos direitos e da democracia na Venezuela”, afirmou o chefe da chancelaria paraguaia.
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Segundo o ministro, a ida de Peña à Noruega faz parte de uma viagem de trabalho que se inicia neste domingo (7) e vai até o dia 13. Estão previstas escalas na Hungria e Uzbequistão, além de uma agenda para desenvolver um “importante projeto” de energia verde para o país sulamericano.
Além dos dois, o presidente do Panamá, José Raúl Mulino, confirmou, ainda no fim de novembro, a ida à Noruega para acompanhar a premiação. “Preciso ir a Oslo acompanhar María Corina, que é uma grande líder e dirigente, para quem desejo a plena recuperação de sua liberdade”, afirmou Mulino, em uma coletiva.
Presidente do Ecuador também irá à premiação do Nobel da Paz
Pelo X, o presidente do Equador, Daniel Noboa, disse ter sido surpreendido pelo convite da vencedora do Nobel da Paz. No contato, María Corina brincou com a situação pedindo para que ele fosse “uma das duas ou três pessoas de todo o mundo” que estarão em Oslo para a cerimônia.
“Será uma honra estar contigo. Sua luta representa a coragem de toda uma região que rejeita a rendição, que rejeita o retrocesso. Este é um momento no qual todo apoio é necessário. Os maus se juntam rápido, e se os bons não fizerem o mesmo, estaremos perdidos”, postou.
María Corina Machado foi premiada por seu “incansável trabalho pela democracia”
Machado foi escolhida pelo Comitê Nobel norueguês em outubro deste ano “por seu incansável trabalho na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta para conseguir uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi anunciada como a vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025 “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”, anunciou o Comitê do Nobel, sediado em Oslo, no último dia 10 de outubro.
O Prêmio Nobel da Paz de 2025 é concedido a “uma defensora corajosa e comprometida com a paz, a uma mulher que mantém a chama da democracia viva em meio à crescente escuridão”, disse Jørgen Watne Frydnes, presidente do comitê norueguês durante o discurso da premiação.
María Corina demonstrou que as ferramentas da democracia também são as da paz, enfatizou o comitê, acrescentando que a laureada personifica a esperança por um futuro diferente, no qual os direitos fundamentais dos cidadãos sejam protegidos e suas vozes sejam ouvidas.