O líder do grupo terrorista Hamas Khaled Meshaal disse nesta quarta-feira (11), em entrevista à emissora Al Jazeera, que a organização está disposta a considerar um “congelamento” na produção de suas armas, mas rejeita a exigência de desarmamento total prevista no plano de paz para Gaza apoiado pelos Estados Unidos. Meshaal afirmou que a desmilitarização completa “é inaceitável para a resistência” e sugeriu que o armazenamento do arsenal atual poderia servir como “garantia contra uma escalada militar com Israel”.
Meshaal declarou que o Hamas discutiu com mediadores a possibilidade de um acordo parcial, no qual o grupo não entregaria todas as suas armas, mas limitaria seu uso e produção. Ele acrescentou que, “para um palestino, o desarmamento significa despojá-lo de sua própria alma”, reforçando que a entrega total do arsenal não está em negociação no atual processo conduzido por Washington.
O líder terrorista, contudo, se mostrou aberto à presença de uma força internacional de estabilização ao longo da fronteira de Gaza com Israel, desde que não opere dentro do território palestino. Meshaal comparou o modelo ao da UNIFIL, no sul do Líbano, e afirmou que a presença de tropas estrangeiras dentro de Gaza “seria vista como uma ocupação”.