GETTY IMAGES
Acessibilidade
O ator, diretor e ativista político Rob Reiner e sua esposa, a produtora Michele Singer Reiner, foram encontrados mortos na casa deles em Los Angeles no domingo (14). A polícia está investigando as circunstâncias como um aparente homicídio.
Embora a polícia tenha se recusado a identificar publicamente as duas pessoas encontradas mortas, a prefeita Karen Bass e o governador da Califórnia, Gavin Newsom, divulgaram notas confirmando que Reiner, de 78 anos, e sua esposa, Michele, de 68, morreram.
“É uma perda devastadora para nossa cidade e nosso país. As contribuições de Rob Reiner reverberam por toda a cultura e sociedade americana, e ele melhorou inúmeras vidas por meio de seu trabalho criativo e de sua luta pela justiça social e econômica”, escreveu a prefeita.
O Departamento de Polícia de Los Angeles divulgou um comunicado nas redes sociais chamando o caso de “aparente homicídio”. A polícia não havia detido ninguém para interrogatório nem identificado um suspeito até a noite de domingo, disse o subchefe Alan Hamilton, em uma coletiva de imprensa.
Os policiais de patrulha do Departamento de Polícia de Los Angeles enviados para a casa no final da tarde de domingo encontraram dois corpos dentro da residência. A equipe de emergência respondeu primeiro a um pedido de ajuda médica, disse um funcionário do corpo de bombeiros da cidade.
Os detetives da unidade de roubo e homicídios do Departamento de Polícia de Los Angeles estavam aguardando um mandado de busca antes de entrar na casa para realizar uma busca minuciosa e uma investigação completa do local, disse Hamilton, acrescentando que a causa da morte será divulgada pelo Departamento Médico Legal do Condado de Los Angeles.
De “Meathead” a “Spinal Tap”
Como ator, Reiner era mais lembrado por seu papel na comédia de sucesso da CBS dos anos 1970 “Tudo em Família” como Mike “Meathead” Stivic, genro e contraste liberal do personagem principal, o fanático da classe trabalhadora Archie Bunker, interpretado por Carroll O’Connor.
Esse papel rendeu a Reiner dois prêmios Emmy de melhor ator coadjuvante.
Reiner teve uma carreira prolífica em Hollywood como diretor, começando com “Isto é Spinal Tap”, um documentário de 1984 que acompanha as provações e tribulações de uma banda fictícia de hard rock em turnê. O filme satírico se tornou um clássico cult, conhecido por seu roteiro quase sempre improvisado, com Reiner interpretando o falso documentarista Marty DiBergi.
O filme funcionou, disse Reiner mais tarde, devido ao amor do elenco pelo rock ‘n’ roll.
“Esse foi o truque, tirar sarro e, ao mesmo tempo, honrá-lo”, afirmou Reiner ao programa “60 Minutes”, da CBS News, em uma entrevista que marcou o lançamento da sequência deste ano, “Spinal Tap II: The End Continues”, que ele também dirigiu e participou.
Reiner dirigiu cerca de duas dúzias de filmes ao todo, incluindo clássicos como “Conta Comigo”, um drama de 1986 sobre quatro garotos que tentam encontrar o corpo de um jovem desaparecido, bem como “Harry e Sally: Feitos Um para o Outro”, de 1989, estrelado por Billy Crystal e Meg Ryan.
Versátil em vários gêneros, os créditos de direção de Reiner também incluíram a aventura de conto de fadas de 1987 “A Princesa Prometida”, o thriller psicológico de 1990 “Louca Obsessão”, uma adaptação de um romance de Stephen King estrelado por Kathy Bates e James Caan, e o drama de tribunal militar de 1992 “Questão de Honra”, estrelado por Jack Nicholson, Tom Cruise e Demi Moore.