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Larry Ellison, fundador da Oracle, voltou a ser a terceira pessoa mais rica do mundo na sexta-feira, ultrapassando Jeff Bezos, da Amazon, após o TikTok fechar um acordo com a Oracle. A ideia é formar uma joint venture para compra de parte do negócio nos EUA. No pregão de ontem, as ações da Oracle subiram 7,96%.
Após um aumento de US$ 15 bilhões (R$ 82,5 bilhões) em seu patrimônio líquido estimado nesta sexta-feira (19), impulsionado pela alta das ações da Oracle, Ellison tem agora US$ 244,8 bilhões (R$ 1,3 trilhão). O presidente do conselho da empresa, que chegou a ocupar a segunda posição depois de se tornar, em outubro, a segunda pessoa da história a atingir US$ 400 bilhões (R$ 2,2 trilhões) em patrimônio, perdeu posições nas últimas semanas, à medida que as ações da Oracle oscilaram.
Ellison aparece à frente de Bezos, cuja fortuna é estimada em US$ 239 bilhões (R$ 1,2 trilhão), e logo atrás do cofundador do Google, Larry Page, que ocupa a segunda posição atrás de Elon Musk (US$ 680,4 bilhões; R$ 3,7 trilhões) , que tem patrimônio estimado em US$ 250,1 bilhões (R$ 1,3 trilhão).
O TikTok assinou na quinta-feira (18) um acordo para que a Oracle, a gestora de private equity Silver Lake e a empresa de investimentos MGX, com sede em Abu Dhabi, detenham cerca de 45% do negócio do aplicativo nos EUA, encerrando uma disputa de interessados pela rede social enquanto ela enfrentava a possibilidade de um banimento nacional.
O acordo deve ser concluído em 22 de janeiro, um dia antes do prazo final para o TikTok vender 80% de seus ativos nos EUA a uma entidade aprovada pelo governo americano.
Contexto
A Oracle surgiu como uma possível compradora do negócio do TikTok no início deste ano, em meio a relatos de que a empresa controlaria os dados dos usuários em instalações no Texas sob uma nova companhia sediada nos EUA.
O presidente Donald Trump prorrogou várias vezes o prazo para que a ByteDance se desfizesse do negócio do TikTok nos Estados Unidos, sob pena de banimento no país, e afirmou anteriormente que diversas empresas e investidores americanos comprariam o aplicativo, incluindo a Microsoft e um “grupo de pessoas muito ricas”. O banimento do TikTok foi aprovado em abril de 2024, após preocupações bipartidárias mais amplas de que o aplicativo representaria riscos à segurança nacional.
A Forbes já havia noticiado preocupações de que o TikTok estaria espionando jornalistas, promovendo propaganda chinesa, lidando de forma inadequada com dados de usuários e monitorando “palavras sensíveis”.