Com a chegada da semana do Natal, o Bitcoin é negociado sem oscilações bruscas de preço nos últimos dias e se aproxima aos poucos da faixa de US$ 90 mil.
Na manhã desta segunda-feira (22), a principal criptomoeda do mercado é negociada a US$ 89.606, com alta de 0,9% no dia. Em reais, o BTC está próximo de romper a barreira de R$ 500 mil, cotado a R$ 497.312, segundo dados do Portal do Bitcoin.
O comportamento mais estável da criptomoeda neste fim de ano resulta em ganhos acumulados de 6,8% nos últimos 30 dias, reduzindo as perdas do Bitcoin no ano para apenas 4%.
Enquanto o Bitcoin se estabiliza, o ouro dispara. O metal precioso atingiu nesta segunda-feira um novo recorde histórico de US$ 4.383,73 por onça, impulsionado pela expectativa de novos cortes de juros pelo Fed, o banco central dos EUA, em 2026.
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O ano do ouro
O ouro caminha para encerrar 2025 com ganhos acumulados de 67%, em um ano marcado por fortes ganhos. Por ser um ativo tradicional de proteção, o ouro foi impulsionado por tensões geopolíticas e comerciais, compras robustas por bancos centrais e expectativas de juros mais baixos nos EUA no próximo ano. Além disso, um índice do dólar mais fraco também contribuiu para tornar o ouro mais barato para compradores estrangeiros, conforme aponta a Reuters.
Caso esse cenário otimista se confirme para o próximo ano, o Bitcoin também tende a reagir de forma positiva, já que um ambiente de juros mais baixos reduz a atratividade de investimentos conservadores, como títulos públicos, levando investidores a buscar alternativas com maior potencial de valorização, como ações e criptoativos.
“O Bitcoin tem uma expectativa de curto prazo neutra a moderadamente positiva”, avalia André Franco, analista da Boost Research. “A continuação de fluxos para ativos de risco, o sentimento otimista em tecnologia e a liquidez global, mesmo em ambiente de volumes reduzidos por feriado, tendem a apoiar Bitcoin tecnicamente.”
Segundo o analista, a fraqueza do iene está impulsionando os mercados acionários e reduzindo a aversão ao risco, o que também favorece o Bitcoin.
“No entanto, a falta de catalisadores macro claros adicionais (como confirmações de cortes concretos de juros ou dados macroeconomicamente dovish) sugerem que a alta pode ser técnica e gradual, com o BTC provavelmente oscilando entre US$ 87.000 e US$ 90.000 antes de definir uma nova tendência mais clara”, conclui.
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